Momento de esforço coletivo pelo estágio e pela aprendizagem
Leitores do Jornal A Tribuna
A pandemia de Covid-19 fez com que 2020, um ano que começou com grandes expectativas, surpreendesse a todos com grandes dificuldades. Agora, 2021 começa já com perspectivas de melhora motivada principalmente pela vacina. Para o setor de estágio, o primeiro trimestre é sempre de grande movimentação, com o encerramento de diversos contratos em dezembro ou graduação concluída, no caso de estudantes universitários, gerando novas contratações.
A expectativa é de que sejam abertas neste ano, no Brasil, mais de 62 mil vagas de estágio e aprendizagem. No Espírito Santo, temos a previsão de abrir 8.500 vagas.
Na verdade, a oferta poderia alcançar a marca de 89 mil vagas, mas a projeção inclui uma queda de 30% nas contratações devido à pandemia causada pela Covid-19.
Mesmo com o cenário futuro da economia e da pandemia ainda muito incerto, houve recuperação das vagas nos últimos meses e uma boa aceitação das empresas pelas vagas de reposição previstas para final de 2020 e primeiro trimestre de 2021.
O esforço coletivo é o que vai determinar os resultados neste ano. A abertura de vagas agora impactará positiva ou negativamente na formação de uma geração de profissionais do futuro.
Esteja o estudante no ensino médio, técnico ou superior, o estágio se tornou a principal porta de entrada para o mercado de trabalho, além de ser uma excelente oportunidade de ambientar-se com a vida profissional e colocar em prática alguns dos conhecimentos aprendidos.
Um novo marco surge: o mundo passa a ser dividido em antes e depois da pandemia. Algumas áreas terão maior visibilidade, mas sabemos que a pandemia também veio lembrar que o capital humano é o principal recurso de uma empresa.
Isso porque só as pessoas são capazes de terem ideias, algo primordial para a manutenção de um negócio. É aí que o estagiário pode se destacar, pois são jovens estudantes conectados com o que há de mais novo, com grande potencial inovador, que podem fazer toda a diferença agora e no futuro.
Mas não são só os estagiários que têm a ganhar. As empresas contratantes também são muito beneficiadas com a captação de talentos e a possibilidade de formação do profissional. As altas taxas de efetivação dos estagiários comprovam a relação proveitosa para empresa e estudantes.
É preciso lembrar que as vagas de estágio representam ao menos 82% das oportunidades, enquanto as de aprendizagem, 18%. No Brasil, desde 2000 temos a Lei da Aprendizagem, 10.097/00, regulamentada em 2005, que determina que toda empresa de grande ou médio porte deve ter de 5% a 15% de aprendizes entre seus funcionários. Mas esses números estão longe de serem alcançados.
Há muito ouve-se que apostar na juventude é uma potência, um investimento social que também agrega valor à empresa, à sociedade e ao mercado de trabalho.
Jossyl Cesar Nader é superintendente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE-ES)
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