Moradores e turistas reclamam de insegurança no Morro do Moreno
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Frequentado por muitos para a prática de esportes e lazer, o Morro do Moreno, em Vila Velha, vem sendo motivo de preocupação para moradores e turistas que afirmam não sentir segurança durante os passeios.
O local foi palco de um crime que chocou a todos: bandidos durante um assalto balearam o inspetor penitenciário Rodrigo Figueiredo da Rosa, 42 anos, no último dia 10.
O agente chegou a ficar 11 dias internado, lutando pela vida na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Estadual de Urgência Emergência, mas não resistiu a complicações de uma cirurgia no intestino e morreu, no início da manhã de quarta-feira (20).
Segundo moradores, turistas e adeptos de esportes, mesmo com a morte de Rodrigo, casos que envolvem assaltos continuam acontecendo no local, que é um dos principais pontos turísticos de Vila Velha.
“Depois do caso do Rodrigo, eu fiquei sabendo de pelo menos dois assaltos que aconteceram com pessoas que subiam o morro pela entrada principal. Infelizmente, o sentimento que temos é de insegurança”, afirmou o advogado e morador da região, Marcos Camata.
O fisioterapeuta Ricardo Rezende, de 42 anos, também morador do entorno do Morro do Moreno, tem o costume de praticar ciclismo na localidade, e optou por não subir no local em determinados horários, com receio de crimes.
Ele acredita que, para garantir a segurança de quem frequenta o local, é necessária a presença das forças de segurança durante a trilha.
“O correto seria ter um patrulhamento ostensivo dentro do morro, e não só do lado de fora. Sem a presença dessas forças policiais, eu me sinto inseguro e só venho aqui em horários de grande movimento de pessoas”.
Presidente da Associação de Moradores da Praia da Costa e morador do bairro há mais de 50 anos, Gilson Pacheco explica que a insegurança no local sempre existiu, principalmente na entrada do lado sul do morro. Segundo ele, com o passar dos anos, as pessoas que passavam pela entrada principal, conhecida como lado norte, também começaram a se tornar vítimas nas mãos de criminosos.
“A entrada pela trilha já era muito perigosa antes. Agora, a entrada principal vem chamando a atenção. Não me sinto seguro”, disse.
PM diz que há policiamento
Mesmo após a morte do inspetor penitenciário Rodrigo Figueiredo da Rosa, que foi baleado durante uma tentativa de assalto no Morro do Moreno, forças de segurança que atuam na região não confirmam mudanças na forma como é feito o policiamento no ponto turístico.
As instituições de segurança afirmam que os patrulhamentos de rotina são realizados durante todo o período do dia na entrada e dentro no percurso da trilha, que fica na entrada principal.
Por meio de nota, a Guarda Municipal de Vila Velha informou que desde o dia 1º de janeiro, 48 pessoas foram abordadas pela patrulha somente nas trilhas do Morro do Moreno.
O órgão disse ainda que ações são realizadas nos períodos matutino, vespertino e noturno, totalizando nos primeiros 20 dias do ano mais de 80 ações entre preventivas, com pontos de visibilidade, ações a pé, patrulhas motorizadas e abordagens.
Já a Polícia Militar disse que o local conta com o policiamento ordinário ostensivo 24 horas por dia, com patrulhamento preventivo por meio de rondas em viaturas e motopatrulhas.
Enterro
O corpo do agente baleado no Morro do Moreno foi velado e enterrado nesta quinta-feira (21), no cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta, Vila Velha.
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