Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

TRIBUNA LIVRE

Imagem ambiental do Brasil gera impactos nos investimentos

| 29/12/2020, 09:07 h | Atualizado em 29/12/2020, 09:16
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


Você já ouviu falar na sigla ESG? No mercado financeiro, o investimento ESG é aquele que incorpora questões ambientais, sociais e de governança como critérios na análise, indo além das tradicionais métricas econômico-financeiras, permitindo uma avaliação das empresas de forma holística. Em inglês, a tradução do termo seria Environmental, Social and Governance, podendo ser traduzido como ASG, referindo-se à Ambiental, Social e Governança.

Nos últimos anos, gigantes do mercado como BlackRock e o fundo soberano da Noruega e JGP, no Brasil, tomaram iniciativas em direção às melhores práticas ambientais. A sigla ESG chegou recentemente ao Brasil. Por isso, cabe a nós começar a levá-la a sério, cuidando da imagem do País, para que a economia não seja prejudicada, ficando atrás dos mercados mundiais.

Para isso, é preciso estar atento as repercussões dos incêndios, que já ocorrem há mais de dois meses, no Pantanal mato-grossense. Eles já devastaram mais de 2,5 milhões de hectares, segundo os dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) – por meio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) –, em parceria com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA/UFRJ).

O ano de 2020 é o que tem mais registros de fogo no Pantanal desde o fim da década de 90, quando o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou. De janeiro até 6 de novembro, houve 21.451 focos de calor (que costumam representar incêndios). Em 2019, por exemplo, foram 10.025.

As queimadas no bioma refletem uma fraqueza institucional por conta da incapacidade de evitar desmatamentos ilegais, que contribuem para essas queimadas. Isso, além dos impactos ambientais e sociais para quem vive na região, também gera consequências econômicas, pois afugenta capital externo (e interno) ao mostrar nosso descomprometimento com causas relevantes na contemporaneidade.

Com isso, cria-se uma imagem ruim do Brasil perante a comunidade internacional. Muitos acabam cancelando investimentos por aqui e não teremos acesso ao capital estrangeiro, que é tão importante para fomentar a economia brasileira e, também, o nosso mercado financeiro.

Inclusive, ainda no mês de junho, sete grandes empresas de investimento europeias disseram que iriam desinvestir em produtores de carne, operadoras de grãos e até em títulos do governo do Brasil se não fosse visto um progresso rumo a uma solução para a destruição crescente da Floresta Amazônica.

É preciso despolarizar o debate, sem inserir a questão ideológica no assunto, como se o meio ambiente fosse uma questão de direita ou de esquerda. Essa análise precisa ser imparcial, pois acaba influenciando na vida de todos e gerando impactos negativos ambientais e econômicos.

PEDRO MUTZIG é especialista em investimentos.
 

SUGERIMOS PARA VOCÊ:

Tribuna Livre

Tribuna Livre, por Leitores do Jornal A Tribuna

ACESSAR Mais sobre o autor
Tribuna Livre

Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna

Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna

Tribuna Livre