Jorge Salgado, o novo presidente do Vasco, já avisou à diretoria que tomará posse com ele em janeiro que um dos pilares de sua gestão é a potencialização dos recursos do clube. Principalmente no futebol, pasta que ainda não tem seu vice escolhido. José Luís Moreira é um nome possível, mas a preocupação no momento é encontrar o executivo que terá de rentabilizar o departamento sem comprometer o desempenho técnico. E a bala de prata tem nome: Rodrigo Caetano.

O problema é que, por maior que seja o interesse no retorno do executivo que organizou o futebol do Internacional nos últimos três anos, Salgado tem restrições aos salários pagos aos gestores profissionais. É como se qualquer um de nós soubéssemos da necessidade de ter um médico experiente, já sabedor do mal que nos aflige, mas questionássemos o custo do tratamento por crer que um outro doutor possa nos curar. E até pode. Só que o Vasco não deveria correr o risco com novas apostas.

Alexandre Campello cometeu este erro estratégico. Se tivesse levado o executivo de volta a São Januário na saída do Flamengo, em maio de 2018, o futebol teria sido entregue a quem o refez após o rebaixamento de 2008. Não por coincidência, o mesmo que liderou a volta do clube à Série A após a queda de 2013. Aliás, se a estrutura não tivesse sido modificada ao final de 2014, na volta de Eurico Miranda, o Vasco dificilmente teria caído em 2015.

Nesta relação entre Caetano e Vasco já não se trata de ser ele o único capaz de entregar resultados técnico e financeiro. Mas o mais indicado num mercado sem opções disponíveis para a gravidade da doença. Conhece os problemas do clube, tem prestígio no mercado e sabe como valorizar os jogadores da base. Salgado, portanto, homem do mercado financeiro, não deveria perder a chance de investir nesta bala de prata...