Prioridade de São Paulo ainda é imunizar o estado
Estado de São Paulo
Depois de muita controvérsia, o Ministério da Saúde anunciou a compra das 46 milhões de doses da Coronavac. Mas ainda falta combinar com os russos: São Paulo não pensa vender todo seu estoque para o Plano Nacional de Imunização (PNI). Integrantes do governo paulista têm na ponta da língua o histórico do esforço do estado e os números dos recursos empreendidos por João Doria na busca da vacina: alegam que não seria justo paulistas ficarem a ver navios.
A prioridade do governo de São Paulo é proteger a população e seu sistema de saúde.
Diálogo. Claro que o governo paulista mantém as conversas com o Ministério da Saúde e quer a incorporação da Coronavac no PNI, mas não acha justo ficar para trás nessa corrida para a qual se preparou, inclusive financeiramente.
Estoque I. Há 46 milhões de doses da Coronavac em São Paulo, e mais 14 milhões estão em negociação e podem chegar até março. Existe ainda a possibilidade eventual de se comprar mais 40 milhões, chegando a 100 milhões até julho.
Estoque II. Comprar mais doses da Coronavac imediatamente só será possível se o governo federal entrar com recursos. Ainda não há registro da vacina da Sinovac/Butantan na Anvisa.
Inflexão. Bolsonaro vinha sendo aconselhado a mudar o discurso, como o fez nesta semana, e garantir a inclusão de todas as vacinas no PNI. Um interlocutor com acesso ao Presidente disse a ele: para o povo, não importa quem comprou insumos, quem produziu, só interessa a vacina no braço.
Correção. A réplica em miniatura do avião entregue ao governador João Doria por funcionários da Swiss Airline foi do Airbus A340, e não do A360, conforme publicado pela coluna.
Sem... Gilmar Mendes tem buscado inspiração neste final de ano difícil dos brasileiros nos jovens talentos do seu Santos. Para o ministro do STF, o time é exemplo de “superação”.
...retranca. “Nem os desfalques por lesões ou pela Covid-19 impediram que os “meninos da Vila”, do técnico Cuca, alcançassem as semifinais da Libertadores”, diz Gilmar.
Tour nacional. Arthur Lira (PP-AL) e Marcelo Ramos (PL-AM) querem percorrer os 26 estados e mais o Distrito Federal a partir de 5 de janeiro para intensificar a campanha à presidência da Câmara. Com o Congresso em recesso, o jeito vai ser procurar um a um in loco. A logística deverá ser organizada pelo PP.
Seguindo. O Podemos, com dez deputados, deve anunciar apoio oficial a Arthur Lira (PP-AL) ao comando da Câmara. O partido tinha preferência por Marcos Pereira (Republicanos-SP), mas, com a adesão dele a Lira, a sigla decidiu seguir o mesmo caminho.
Letras I. O jornalista André Guilherme Vieira acaba de lançar o resultado de minuciosa apuração sobre a guerra dos conglomerados globais de mineração pela conquista da “Carajás Africana”, incluindo a brasileira Vale.
Letras II. “Os processos nos tribunais arbitrais internacionais mostram bastidores de como se desenvolvem negócios bilionários em países caracterizados por governos instáveis e populações relegadas à miséria”, diz Vieira.
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Mergulho profundo da grande repórter na história de ascensão e queda da Odebrecht.
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Jornalista investiga e narra o jogo bruto na disputa por uma mina de minério na Guiné.
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