O bom visitante
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Invicto em cinco jogos como visitante, incluindo partidas do Brasileiro e da Copa Sul-Americana, o Vasco de Ricardo Sá Pinto conquistou sete pontos dos 15 disputados. E com um time que todos nós sabemos ser abaixo do nível médio dos grandes clubes da Série A. O elenco é mal formado, com carências em posições fundamentais, e sem forças para disputar duas competições em paralelo.
Era, portanto, mais do que natural ser eliminado do torneio continental por um adversário argentino, que concentra suas forças na competição que vale maior premiação.
Por isso é preciso que o vascaíno tenha cautela ao misturar a mediocridade técnica da maioria dos jogadores com o trabalho que está sendo implementado pelo treinador português. Na Série A, onde o Vasco quer estar em 2021, o aproveitamento do time como visitante é de 55,5% dos pontos, com uma vitória e dois empates em três jogos. Nos outros oito, a marca foi de 29,1%, com cinco derrotas, duas vitórias e um empate, o que comprova a melhora na competitividade – curiosamente, graças ao modelo desenhado por Ricardo Sá Pinto, criticado pelos torcedores.
Com três zagueiros e dois laterais alinhados como alas na linha intermediária, o Vasco chama o adversário para seu campo e crias condições de chegar ao gol em contra-ataques – agora chamado de “jogo reativo”. O problema é que falta talento no meio-campo e isso impacta na qualidade da criação de jogadas. Pior: com a ausência de bons finalizadores, o time desperdiça as poucas chances geradas. Principalmente, quando não tem o seu artilheiro em campo, como na partida desta tarde, contra o Grêmio de Renato Gaúcho, em Porto Alegre.
Ainda assim, vejam bem, o aproveitamento de 55,5% dos pontos disputados como visitante está acima do que o clube obteve em suas últimas três participações na Série A: 38,5% em 2019; 19,2% em 2018; e 43,8% em 2017. A goleada de 4 a 1 sofrida para o Ceará, sem o português à beira do campo, e a derrota de 1 a 0 para o Defensa y Justicia, num jogo em que o Vasco finalizou 15 vezes, 11 de dentro da área, gerou descrença desnecessária e nociva. Livre das baixas pela Covid-19, o time pode evoluir, sim, sem que necessariamente saia de sua mediocridade.
É possível enxergar que há uma ideia de jogo sendo trabalhada e agora, com menos viagens e mais tempo para treinos, o Vasco consiga melhorar sua produção ofensiva. Vejamos.
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