Fachada da casa que fica na localidade de São Luiz, em Santa Maria de Jetibá |  Foto: Elisangela Berger

“Há algum tempo, lutamos pelo tombamento histórico de uma casa centenária, na localidade de São Luiz, que retrata a história da colonização pomerana no município e no Estado. Estamos correndo contra o tempo. Esse imóvel, que pertenceu a meu bisavô Eduardo Berger, corre o risco de demolição”, afirma a professora Elisangela Berger, de Santa Maria de Jetibá.

Segundo ela, a casa, que estava nas mãos de um dos herdeiros, foi vendida a preço irrisório para um terceiro que pretende demoli-la para fabricar móveis. Os demais herdeiros não concordam com isso, pelo valor histórico que ela representa.

A Secretaria de Cultura e Turismo de Santa Maria de Jetibá esclarece que o processo que pede o tombamento do imóvel foi aberto no dia 2 de outubro deste ano.

O processo foi encaminhado ao Conselho Municipal de Políticas Culturais, que tem um prazo de 60 dias (prorrogáveis por mais 30 dias) para a análise do processo, conforme determina a legislação municipal.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan-ES, informa que não há nenhum processo de tombamento no município de Santa Maria de Jetibá. “Não houve pedido de tombamento da casa centenária mencionada”.

Qualquer pessoa física ou jurídica poderá solicitar o tombamento. Para ser tombado, o bem passa por um processo administrativo que analisa sua importância em âmbito nacional e, posteriormente, o bem é inscrito em um ou mais Livros do Tombo. Caso um monumento não seja tombado ao nível federal, é possível que seja tombado em outras instâncias, como a municipal ou estadual.