Notificação
Alexandre de Moraes, do STF, autorizou o compartilhamento de uma busca e apreensão, realizada contra um site bolsonarista, no inquérito dos atos antidemocráticos, com a investigação sobre esquema de disparos de WhatsApp na campanha de 2018, caso revelado pela Folha. O pedido ao ministro foi feito por uma delegada da Polícia Federal, responsável pela busca, sob o argumento de que elementos encontrados podem interessar à apuração relacionada à eleição presidencial.
Crachá
Os empresários Ernani Neto e Thais Chaves, donos de páginas bolsonaristas como a Folha Política, foram os alvos da busca, agora compartilhada. A delegada do inquérito de atos antidemocráticos é Denisse Ribeiro.
Teia
Neto e Thais chegaram a ter suas contas excluídas pelo Facebook por violação de regras em 2018, quando já coordenavam uma rede a favor do então candidato Jair Bolsonaro. Eles também são investigados por fake news.
Cronologia
A investigação sobre os disparos da eleição de 2018 foi aberta pela PF em outubro daquele ano, após reportagem da Folha revelar que apoiadores de Bolsonaro estavam comprando pacotes de mensagens contra o PT no WhatsApp, sem declarar os valores à Justiça Eleitoral.
Profundezas
Essa é a primeira vez que informações de inquéritos do STF são compartilhadas com algum caso de apuração dos disparos. No TSE há duas ações com esse tema. Ambas aguardam para receber material das investigações que estão com Moraes.
BBB
A utilização de drones no dia da eleição foi considerada um sucesso na Polícia Federal. A ideia é expandir o uso dos equipamentos para outros momentos. Ao todo, 33 pessoas foram presas em flagrante, segundo balanço da PF (com e sem drone).
O homem disparou
Embora o volume de despesas já realizadas e declaradas pelos candidatos ainda seja parcial, um dos 40 tipos de gastos padronizados pelo TSE já supera o valor de 2018. A “produção de jingles, vinhetas e slogans” já consumiu R$ 29 milhões, contra R$ 22,8 milhões do declarado em toda a eleição de 2018.
Manda um zap
Entre as maiores reduções de gastos observadas até agora está a conta de telefone apresentada por partidos e candidatos. De R$ 527 mil em 2018 para R$ 45 mil em 2020, até agora.
Epa
Hoje aliado de Marcelo Crivella (Republicanos), que tenta a reeleição no Rio, o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) falava mal do candidato há pouco mais de um mês e dizia que ele não se reelegeria. Em vídeo de 2 de setembro, mantido até agora em suas redes sociais, o parlamentar afirma que Crivella não tem palavra.
Rec
“Crivella não será reeleito no Rio e eu vou dizer por quê. Porque ele é inimigo dele mesmo, é inimigo da competência”, diz Otoni na gravação.
Futuro
O ex-governador Márcio França defendeu o pragmatismo com vistas à sua candidatura ao governo do estado em 2022 na decisão apresentada ao PSB de não apoiar Guilherme Boulos (Psol) contra Bruno Covas (PSDB) e permanecer neutro em SP. O partido juntou-se ao líder do MTST em nome da formação de uma frente de esquerda.
Pra quê?
França avalia que seu eleitorado, pertencente às classes baixas e da área de segurança, não vê Boulos como opção. Além disso, não acredita que receberá de volta o apoio do Psol, que preferirá o PT ou candidato próprio em 2022 - ele lembrou que em 2018, contra João Doria (PSDB), não ganhou apoio.
Horta
Eleito vereador em São Bernardo do Campo, o ex-assessor de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) Paulo Chuchu recebeu a maior doação de sua campanha, R$ 10 mil, de Orlando Morando (PSDB), prefeito reeleito da cidade e aliado próximo de João Doria (PSDB), um dos principais alvos dos bolsonaristas.
Tabelinha
Reportagem da Folha mostrou que Morando é o campeão da triangulação de verba eleitoral no País. Nesses casos, em vez de direcionar dinheiro aos candidatos, os partidos dão a alguns deles, que escolhem para quem e quanto repassar. Chuchu é apontado como um dos principais operadores de esquema de fake news contra opositores de Bolsonaro.
Tiroteio
“Quebrar vidraça é vandalismo. Assassinar mais um negro é abordagem exagerada.”
Do escritor Luiz Antônio Simas, ao criticar com ironia a repercussão sobre a morte de Beto Freitas por seguranças do Carrefour.