Vitória de Biden não afeta as relações bilaterais
No caso de vitória do democrata sorvetão Joe Biden, o governo brasileiro já não terá o tratamento especial concedido pelo republicano Donald Trump ao colega brasileiro, que foi recebido no Salão Oval e depois homenageado em jantar, na Flórida, em março.
No mais, as relações históricas de amizade entre Brasil e Estados Unidos não devem sofrer alterações, até porque há interesses comerciais que devem prevalecer sobre discursos eleitorais a respeito da questão ambiental na Amazônia.
A vez dos diplomatas
Definida a eleição, a hábil diplomacia brasileira buscará o entendimento, priorizando o que aproxima e não o que separa os dois países.
O caso argentino
Os presidentes do Brasil e da Argentina não se suportam, mas a diplomacia deu um jeito de normalizar as relações. Ambos são parceiros históricos.
Mais o que fazer
O comentarista Hamilton Mourão, vice-presidente nas horas vagas, lembrou ontem que eventual governo Biden terá muito mais o que fazer.
Pauta indigesta
Os EUA precisam ajustar suas relações com organizações multilaterais, a Europa e a Rússia e definir disputas comerciais com a China.
Confusão agendada
A Guarda Nacional dos Estados Unidos foi acionada em 16 dos 50 estados norte-americanos. Serão distribuídas mais de 3.600 tropas em todo o país para garantir a lei e ordem, após a eleição de ontem.
Alguns dias
O governador do Illinois, JB Pritzker, um dos chefes de governos estaduais nos EUA que pediu auxílio da Guarda Nacional, que é uma força de segurança federal, aposta que a apuração “pode levar dias”.
Ainda sem vacina, mundo aprende a combater a Covid
O mundo foi surpreendido pelo coronavírus e, sem saber como lidar com vários sintomas, viu a média diária de mortes disparar até 7.027, cerca de 10% da média de 70 mil casos. A proliferação da doença e o aumento da testagem levaram a média a subir 564%, superando 500 mil casos diários, mas a experiência adquirida por profissionais de saúde no combate à pandemia e a busca incansável por novos tratamentos dos sintomas reduziram a mortalidade a 1,32% enquanto a vacina não chega.
Curas em alta
Segundo o Worldometer, a taxa de recuperados em abril chegou a 77,5% e só subiu desde então, atingindo o máximo de 96,56% na última segunda-feira.
Triste marca
Apesar da alta exponencial no número de casos no segundo semestre, o dia 17 de abril ainda detém recorde de óbitos, com 8.514 vidas ceifadas.
Aqui continua caindo
No Brasil, a maior média de casos foi de 46.263 e óbitos 1.097, ambas no fim de julho. Atualmente caíram para 20.379 e 360, respectivamente.
Brasil vence a Covid
A média móvel de mortes segue a tendência de baixa no Brasil e caiu para 360, segundo dados do Worldometer. É a primeira vez que fica abaixo de 400 e é a menor média em mais de seis meses.
Planos mudam
A dupla do DEM Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre já aposta suas fichas em eventual permissão do Supremo para se reelegerem. A PEC da reeleição se inviabilizou e só restou a interferência do Judiciário.
Moral baixíssima
A tentativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de impor pauta de votações em sessão extraordinária foi por água abaixo. Em outra mostra da perda de poder de Maia, a sessão foi cancelada por falta de quórum.
Censurado há 54 dias
Está fora do ar há 54 dias o site e-Cidadania, do Senado, e junto com ele a ferramenta de avaliação popular dos projetos de lei. O sistema “caiu” após a PEC da reeleição Maia/Alcolumbre receber 99% de rejeição.
Choque de realidade
A convite do governo, o encarregado de negócios da Embaixada da França fará uma turnê do Amazonas. A ideia é “conhecer melhor os compromissos do governo com o desenvolvimento sustentável”.
Vale a intenção
Sem a menor expectativa de shoppings e comércios lotados para vendas de fim de ano, empresas apostam em vales-presentes. A ValeCard prevê alta de 15% no uso dos vales para substituir os presentes de Natal.
Pensando bem...
...nos EUA, como no Brasil, os institutos de pesquisa se utilizam de uma velha malandragem: na véspera da eleição, “ajustaram” seus números.
Poder sem pudor
Vivo revelador
O ex-senador Ernandes Amorim (RO) sempre se queixou da perseguição da imprensa contra parlamentares. No final de 2000, em discurso, avisou que a TV Senado impede que os jornalistas escrevam o que querem: “Antes falavam mal e a população não tinha como saber a verdade.” A então senadora Heloísa Helena (Psol-AL) observou, sorrindo: “Bobagem, os senadores continuam mal falados, só que a TV agora mostra tudo ao vivo!”
Colaboram: André Brito e Tiago Vasconcelos