Presidente de CPI exige pena máxima para motorista que arrastou e matou cachorro
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A CPI dos Maus Tratos Contra os Animais do Espírito Santo vai entrar com um pedido no Ministério Público para que o motorista acusado de amarrar com uma corda no pescoço um cachorro e arrastá-lo até a morte cumpra pena máxima. A CPI vai exigir que o acusado pegue pena máxima ao ser condenado pela Justiça.
De acordo com a deputada estadual Janete de Sá, presidente da CPI, informações iniciais são de que o acusado teria feito esse "ato de crueldade" para se vingar de uma pessoa com quem tinha problemas.
“Não tenho muito detalhes do caso, mas moradores da região disseram que ele é bipolar e toma remédio controlado”, contou a deputada.

O caso aconteceu na noite da última segunda-feira (12), em Jaguaré, Norte do Espírito Santo, quando o acusado amarrou um cachorro a um veículo e arrastou o animal pela cidade até abandoná-lo, morto, no meio da rua.
A ação foi gravada por câmeras de segurança da região e, rapidamente, as imagens se espalharam pelas redes sociais.
A deputada disse ainda que ficou sabendo do caso logo pela manhã e que descobriu o nome do acusado através de um Boletim de Ocorrência.
“Uma ONG abriu um Boletim de Ocorrência contra ele, na Delegacia de São Mateus, fizemos contato com eles e com o delegado que estava no plantão”, disse.
O acusado confessou o crime e, por medo, se entregou à polícia. “Ele estava preocupado com a reação dos protetores de animais e acabou se entregando à polícia. O acusado está preso e nós estamos pegando todas as provas e enviando para o Ministério Público para que possamos ingressar com um processo criminal”, explicou Janete.
A deputada disse ainda que vai realizar uma Audiência Pública para fortalecer ainda mais a denúncia. “Isso tem que servir de exemplo. Esse bandido tem que ser preso, as pessoas têm que compreender que não aceitamos mais maus tratos de animais”, informou.
Segundo Janete de Sá, esse crime se enquadra na nova lei, sancionada no último dia 29 pelo presidente Jair Bolsonaro. “Esse é o primeiro caso que dá prisão no País. Se não fosse essa nova legislação, ele prestaria depoimento e seria liberado. Queremos que ele cumpra a pena máxima: cinco anos de prisão”, explicou.
O delegado Leonardo Malacarne, que apura o caso, disse que o acusado confessou o crime e alegou ter matado o animal por achar que ele estava sofrendo de fome.
“Não tem justificativa nenhuma. Ele não pode pegar um cachorro de rua, achar que o animal está sofrendo e sacrificar o cão. Isso não é decisão dele. Independente de qualquer coisa, ele praticou um crime”, disse o delegado.
O motorista acusado do crime foi preso e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de São Mateus. Nesta quarta-feira (14), passará por uma audiência de custódia.
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