Senado põe sob suspeita relator contra Dallagnol
Cláudio Humberto
Senadores da “bancada da ética” pressionam para que Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, apadrinhado de Renan Calheiros (MDB-AL), seja afastado da relatoria do julgamento do procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), terça (18).
Os 13 senadores de 6 partidos e 12 estados, do grupo “Muda Senado”, apontam a forte ligação do conselheiro ao político alagoano, cuja representação virou processo contra Dallagnol, terror de políticos denunciados nos casos de corrupção investigados na Lava Jato.
São assim, ó
Bandeira de Mello Filho foi chefe de gabinete de Renan, então presidente do Senado e por ele nomeado secretário-geral da Mesa.
O predileto
A indicação do ex-chefe de gabinete para o cargo de conselheiro do CNMP também é atribuída ao senador-coronel de Alagoas.
O grupo dos treze
Integram o grupo Alessandro Vieira, Álvaro Dias, Eduardo Girão, Jorge Kajuru, Lasier Martins, Leila Barros, Major Olímpio e Mara Gabrili (SP).
Bancada da ética
Marcos do Val, Oriovisto Guimarães, Randolfe Rodrigues, Soraya Thronicke e Styvenson Valentim também são do “Muda Senado”.
Média de registro de óbitos cai desde 27 de julho
O painel especial de monitoramento da pandemia da Covid-19 dos Cartórios de Registro Civil, que mantém uma conta detalhada de cada registro de óbito feito em todo o País, incluindo casos confirmados e também apenas os suspeitos, indica que a média móvel caiu de 822 mortes no dia 27 de julho, para 390 na última quarta-feira (12). A “média móvel” é a evolução no tempo da média do número de mortes e leva em consideração os diversos números apresentados numa só data.
Indicador de tendência
Os números mudam à medida de novas informações: a média móvel é o indicador de tendência mais confiável, usado até no mercado financeiro.
Contas diferentes
A conta do painel dos cartórios de registro civil leva em consideração a data do óbito e não do registro da morte do paciente.
Também apresenta queda
Em relação à data registro de mortes, que é a forma apresentada pelo Ministério da Saúde, o total tem caído nas últimas duas semanas.
Não custava perguntar
O ex-secretário de Desestatização e Privatização Salim Mattar saiu do cargo reclamando que a coisa não andava. Deveria ter perguntado ao governador do DF como se faz. Ibaneis Rocha (foto) está tocando uma dezena de privatizações. Com paciência e negociação com o Legislativo.
Nó na cabeça
Após o papel determinante da “ajuda emergencial” na recuperação do presidente Jair Bolsonaro nas pesquisas, os opositores que usaram e abusaram do Bolsa Família, já chamam o programa social de “populista”.
Grana útil e parada
Projeto de Joice Hasselmann (PSL-SP) permite o saque integral do FGTS durante estados de calamidade ou pandemia. O saque foi permitido pelo governo, no início da crise, mas limitado a um salário.
O fato errou, não a “notícia”
Jornalões de São Paulo manchetearam que o Tribunal de Justiça de São Paulo pagaria “bônus” de R$ 100 mil para que seus juízes colocassem o trabalho em dia. Quando o presidente da corte demonstrou que isso era ficção, os jornalões noticiam que ele decidira “suspender” a medida.
Sinais de esquizofrenia
Após ir à Justiça em defesa das operadoras, da ANS, “agência reguladora”, deu sinais de sua esquizofrenia com a decisão de obrigar os planos de saúde a cobrir exames para detecção do coronavírus.
Saúde é essencial
A revista científica Annals of Internal Medicine publicou pesquisa esta semana mostrando que pessoas obesas, mesmo sem comorbidades e abaixo de 60 anos, têm quatro vezes mais chances de morrer por Covid.
Os maiores portos
Os terminais de Ponta da Madeira, no Maranhão (15,1%), e de Santos, em São Paulo (10,3%), lideram o ranking de movimentação dos portos brasileiros em 2020 (janeiro a junho), de acordo com dados da CNT.
Pensando bem...
...deve ter lotado consultórios de psicólogos a pesquisa Datafolha confirmando a melhoria da avaliação do governo Bolsonaro.
PODER SEM PUDOR
Feios de doer
Nascido em Guapé (MG), Passos Maia foi eleito “senador estadual” várias vezes, na República Velha. Os amigos e depois os inimigos, só de gozação, exageravam dizendo que era o político mais feio de Minas. Não ligava. Certa vez bateram à sua porta, Maia atendeu. Mandou o homem entrar e sentar. Pediu licença, foi lá dentro e voltou com uma medalha na mão:
“Isto é seu, agora. Ganhei no Senado, como ‘prêmio’ por ter sido o sujeito mais feio que passou por lá. Mas agora vejo que o senhor merece o prêmio”. E despachou o homem, apenas um vendedor de livros. Feio de doer.
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Cláudio Humberto,por Cláudio Humberto