Fora do governo, Moro perde embalo nas redes
Estado de São Paulo
Desde que deixou o governo, há quase três meses, Sergio Moro perdeu impulso nas redes sociais, arena favorita do bolsonarismo. Levantamento da Bites Consultoria mostra que o perfil do ex-ministro continua crescendo, mas há uma evidente desaceleração.
De janeiro até o sua saída, 24 de abril, ele ganhava cerca de 4,4 mil seguidores por dia. Neste mês, a taxa média está em 815. Três milhões de internautas seguem o ex-juiz no Twitter. É unânime entre analistas o diagnóstico de que o Jair Bolsonaro sobreviveu ao rompimento com Sergio Moro.
Em queda. As menções a Moro no Twitter despencaram de 1,8 milhão no dia de sua saída para 16 mil na quinta-feira passada, dia da análise da Bites. Para um potencial candidato à presidência, o dado não é positivo. No Instagram, ele perdeu 6,6% dos seguidores, ficando com 2,8 milhões.
Olha só. Um aliado de Moro observa, porém, que o apoio popular do ex-ministro não pode ser mensurado pelas redes sociais. O ambiente é propício à polarização e ele se “encaixa” melhor na centro-direita.
Friends. Moro tem conversado com um outro presidenciável: Luciano Huck.
Lição. Para Bruno Soller, do Instituto Travessia, Moro, se quiser se firmar como presidenciável, tem como desafio nacionalizar seu nome, especialmente no Nordeste e no Norte.
Click. A deputada federal Tabata Amaral aceitou o desafio das redes e publicou foto em preto e branco no Instagram: “Juntas, somos mais fortes”.
Mão... Os nove deputados federais de primeiro mandato formados pelo movimento RenovaBR em 2018 economizaram juntos R$ 4.339.943,11 no primeiro semestre deste ano.
...fechada. A tesourada foi na verba de gabinete e na cota parlamentar. Os congressistas do RenovaBR também abriram mão do direito à aposentadoria especial dos parlamentares.
Show. Marcelo Adnet é o grande sucesso desta crise entre os políticos, em quarentena e fora dela. Os vídeos do Sinta-se em Casa (Globoplay) com imitações de Queiroz, Bolsonaro, Ciro e Marina Silva viralizam feito fake news nos grupos de deputados e senadores.
Ação I. O subprocurador-geral Lucas Furtado encaminhou representação ao ministro Bruno Dantas, do TCU, pedindo eventual “reparação dos cofres públicos” caso as despesas com o tratamento de Jair Bolsonaro contra a Covid-19, “mediante uso da cloroquina e/ou da hidroxicloroquina”, estejam sendo custeadas com recursos públicos.
Ação II. Furtado solicita ainda que Jair Bolsonaro “deixe de propagandear o uso, pelos brasileiros”, desses medicamentos, uma vez que a eficácia deles no combate à doença não foi comprovada pela ciência.
Hello I. Mas a cereja da representação de Furtado está mesmo numa nota de rodapé acerca da possibilidade de inclusão do presidente Donald Trump como um dos alvos, junto com seu colega Jair Bolsonaro.
Hello II. “Tenho de examinar e amadurecer essa ideia. Ainda tenho dúvidas se este Ministério Público e o TCU podem alcançar o presidente dos Estados Unidos da América”, diz o subprocurador Furtado. Ele também cita a expressão ”genocida”, usada pelo ministro Gilmar Mendes.
Pronto, falei!
"Não dá pra varrer a sujeira para debaixo do tapete, o PSL precisa enfrentar a expulsão de seus infiéis”, Júnior Bozzela, deputado federal (PSL-SP).
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Coluna do Estadão,por Estado de São Paulo