Ideólogo da nova CPMF critica “manicômio do ICMS”
Cláudio Humberto
Assessor especial do ministro da Economia e um dos ideólogos da recriação da CPMF, com a invenção do ITD (Imposto sobre Transações Digitais), Afif Domingos preferiu ontem, em declaração à coluna, atacar o caótico sistema tributário.
“O ICMS é o próprio manicômio tributário com 27 legislações que não se falam”, disse ele. Afif explica que a proposta de reforma tributária do governo “vai simplificar isso, transformar cinco tributos em uma única contribuição”. O projeto está em fase final.
Corrigir disfunções
Para Afif, corrigir as disfunções atuais e trazer ganhos imediatos para a economia é o objetivo da reforma e da criação do ITD, o novo tributo.
Compensação
A ideia é tornar permanente a desoneração da folha, a fim de gerar empregos e renda, criando o ITD para repor a receita de R$60 bilhões.
Governo quer
um naco
O governo quer mesmo é taxar o comércio eletrônico. “A economia digital é a nova economia, esse debate precisa ser feito”, diz Afif Domingos.
Cortar, que é bom...
Em vez de criar imposto, o governo deveria reduzir privilégios como carro oficial e penduricalhos indecorosos tipo auxílio-moradia, biênio, triênio...
Maia segue ignorando projetos que lhe desagradam
Na reta final do mandato de presidente da Câmara, Rodrigo Maia mantém a marca de “sentar em cima” de medidas provisórias ou projetos que não o interessam, como a medida provisória sobre a regularização fundiária.
Também havia maioria para aprovar o projeto que acaba o esquema da Agência Nacional de Petróleo (ANP) proibindo a venda direta de etanol aos postos, mas ele não deixou que fosse votada, para alegria dos poderosos distribuidores/atravessadores de combustíveis
Gaveta abarrotada
Rodrigo Maia mantém na gaveta desde 2016 a resolução do Senado que anulava a cobrança de bagagem. O lobby das empresas aéreas adorou.
Resultado é o mesmo
Maia tentou uma nova jogada com a MP da regularização fundiária e a transformou em projeto de Lei, que ele mantém parado há dois meses.
Só para complicar
Enquanto a venda direta enfrenta o lobby das distribuidoras, Maia ignora projeto de 2018, do deputado JHC (PSB-AL), que resolveria o problema.
Cetas na mira
O caso da cobra naja que picou um estudante, em Brasília, virou investigação de tráfico internacional de animais silvestres.
Uma das pistas apontam para a suposta participação de funcionários de carreira do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), órgão do Ibama.
Escola tucana
Candidatos do PSDB a presidente em 4 eleições, Alckmin e Serra hoje estão enrolados com a polícia. Alckmin foi ontem à TV criticar Bolsonaro.
Os entrevistadores pareciam mais interessados nisso do que em pedir explicações sobre o seu indiciamento por receber propina da Odebrecht.
Regime de engorda
O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) continua cevando sua candidatura à presidência da Câmara. Esta semana, em vez de leitão a pururuca, ele serviu doces mineiros aos colegas.
O retorno do comércio
O Sebrae acompanha o crescimento da confiança do comércio. Verificou que uma em cada três empresas vem retomando suas atividades. São mais de 800 mil negócios, segundo informou ao site Diário do Poder.
CPLP, 24 anos
Completa 24 anos hoje a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, difundindo o idioma e fortalecendo a amizade, a concertação e a cooperação entre os países membros. O embaixador Pedro Brêtas Bastos é o chefe da missão do Brasil na CPLP.
Escritório das operadoras
A Associação Paulista de Medicina criticou a atuação da ANS como advogada dos planos de saúde ao derrubar a liminar que os obrigava a cobrir testes de covid-19. “A agência se desvia do seu papel social”, diz.
Vendas pandêmicas
Consumidores compraram como gente grande, durante a pandemia. O movimento fez o valor de mercado da Amazon atingir o recorde de US$1,5 trilhão e a fortuna do dono, Jeff Bezos, saltar US$ 68 bilhões.
Pensando bem...
... mesmo com recesso do STF e o presidente fora de combate, o Congresso continua em segundo plano.
Poder sem pudor
Vingadora implacável
Nos anos 1970, a escritora Vera Brant, diamantinense como JK e corretora de imóveis em Brasília, vingava os amigos perseguidos no regime militar negando-se a alugar apartamentos a políticos governistas. Ela até achou simpático o casal Sinval Guazelli (Arena-RS), mas não quis conversa. Ele voltaria a seu escritório com um cartão de Luiza, mulher de Virgílio Távora: “Vera, querida: abra um precedente na sua subversão e alugue, por favor, um apartamento para os meus amigos que estão ficando enlouquecidos no hotel, com as crianças.” Só então ela abriu o precedente.
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Cláudio Humberto,por Cláudio Humberto