Alimentação balanceada pode tornar a vida longa e saudável
Leitores do Jornal A Tribuna
Uma dieta alimentar balanceada é muito importante para melhorar a imunidade e ter uma vida longa e saudável. Nessa época da pandemia pelo coronavírus, devemos prestar mais atenção aos idosos, o nosso grupo mais vulnerável, que justamente encontra-se “preso” dentro de casa, sem as orientações e a supervisão que muitas vezes são fundamentais para uma alimentação equilibrada.
Segundo a ONU, o Brasil é a oitava nação com mais idosos no mundo. A população idosa no País já passa dos 20 milhões. O envelhecimento é um processo natural pelo qual todos vão passar. O diferencial entre cada indivíduo está na forma como conduziu e conduz sua vida.
Uma alimentação adequada leva ao envelhecimento de forma saudável. A velhice depende dos hábitos e do estilo de vida que se praticou quando jovem. É preciso começar o mais cedo possível a policiar os hábitos alimentares. O benefício será proporcional e, de certa forma, criará resistência aos males que apareçam no futuro.
Com o envelhecimento, o corpo naturalmente sofre mutações. Uma delas é a redução da quantidade de água intracelular. Os idosos estão mais propícios à desidratação porque possuem menos água no corpo. Desta forma, uma das principais recomendações é manter a ingestão de pelo menos 2 litros de líquidos, mesmo sem sede. Quando sem supervisão, esses idosos precisam ser orientados ou lembrados de manter essa hidratação diariamente.
Após os 60 anos é normal a perda de massa magra e o aumento do tecido adiposo. O segredo está em como evitar passar por essa situação ou minimizar seus impactos. Se houver uma prática regular de atividades físicas, uma alimentação balanceada, principalmente em relação às proteínas, o impacto das mudanças será menor. O idoso bem nutrido resiste mais às infecções.
Muitos idosos que ficam sozinhos ou apenas com seu cônjuge acabam dando preferência pelo consumo de alimentos industrializados, fáceis de preparar. Na maioria das vezes, tais alimentos são ricos em gorduras, sódio e açúcar, possuindo o que chamamos de calorias vazias, ou seja, sem os nutrientes que garantem mais disposição, saúde e bem-estar.
A boa nutrição, no entanto, não deve ser confundida com a ingestão de suplementos e vitaminas sem prescrição médica – indicados quando há deficiência de algum nutriente. Trabalhos mostram que a melhor vitamina é a que está nos alimentos, principalmente nas frutas, verduras e legumes.
Na terceira idade, ocorre redução da sensibilidade olfativa e perda no apetite, o que muitas vezes pode levar a um quadro de subnutrição. Em contrapartida, também deve-se atentar para o idoso que aprecia alimentos à base de carboidratos, como pães, biscoitos e doces. A subnutrição de proteínas cria queda da imunidade, predispondo a quadros infecciosos e a outras doenças.
Já uma alimentação saudável, combinada com atividades físicas e uma família presente e amorosa, vai acrescentar melhores anos de vida aos idosos.
Thanguy Friço é médico ortopedista especialista em longevidade e em medicina lifestyle.
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