Indústria tem 64% operando a distância
Nesta fase da pandemia, 64% das indústrias capixabas operam a distância – no home office – e 7% declaram intenção de adotar esse sistema. E conforme pesquisa do Ideies, 26% declaram que não pretendem adotar o trabalho remoto. No início do isolamento social, apenas 24% operavam a distância. “Há dificuldades, às vezes falta ferramenta adequada, mas o trabalho a distância é uma tendência em muitas áreas, excetuando setores que exigem o trabalho presencial”, avalia o presidente da Findes, Leo de Castro.
Demissões, um risco
O risco do desemprego advindo do uso da tecnologia, associado ao momento de estagnação econômica, preocupa o dirigente da Findes. Mas acredita que o governo tem mecanismos para minimizar a situação, seja criando incentivos financeiros e alterando contratos de trabalho. “A indústria tem pavor de demitir, afinal investiu muito na capacitação do profissional”, frisa.
Vice no perigo
A pandemia desviou o foco, porém vale registrar uma estatística preocupante da Defesa Civil atualizada após as enchentes do início deste ano: no País, o Espírito Santo fica atrás apenas de Santa Catarina no número de moradias de risco construídas em beira de rios e encostas.
O X do problema
Em quarentena, professor da Ufes observa que as instituições de ensino não se prepararam para dar aula a distância, embora isso estivesse escrito nos manuais modernos. E que agora, surpreendidos pela pandemia, será preciso superar a falta de estrutura tecnológica e de treinamento. Aponta que muitos alunos, por condições sociais, são digitalmente excluídos.
Uma lição antiga
Tempos atrás, a empresária do setor rodoviário capixaba Simone Chieppe sugeriu que empresas e escolas adotassem horários de funcionamento diferenciados, para enfrentar o congestionamento do trânsito, lotação de ônibus e outros inconvenientes dos horários de pico. Uma boa sugestão que agora foi parcialmente adotada pelo governo, na flexibilização de setores, mas que bem poderia ser estendida além da fase da pandemia e isolamento.
Aliás, e a propósito...
Como já dizia a lendária turma mineira do Clube da Esquina, “Nada será como antes, amanhã...”
Virtual, integral
Líder da bancada federal capixaba, Josias Da Vitória garante que os parlamentares estão se adaptando bem ao trabalho remoto. “O problema é que somos demandados o tempo todo, dia e noite, já que o expediente é virtual”, avalia. E que o momento é dolorido, desafiador e preocupante: “Pessoas não sabem como pagar as contas”.
Distante do Cais
Crítico antigo do inacabado Cais das Artes, Josias da Vitória não vê como o atual governo estadual possa retomar aquela obra neste momento de crise profunda. “Serão preciso mais de R$ 100 milhões para acabar aquilo, que não passou de capricho de um governante”, diz. Tempos atrás, o parlamentar sugeriu a demolição da obra. “Aquilo não tem solução”, pontua.
O lavar as mãos...
O escritor israelense Yuval Noah Harari, autor do best seller “Sapiens”- Uma Breve História da Humanidade”, apareceu nas redes sociais para lembrar que o ato físico de lavar as mãos foi um dos maiores avanços da humanidade salvando milhões de pessoas. “Somente no século 19 os cientistas descobriram essa higienização vital”, disse.
CURTA
Coisas do Brasil
O radialista Mister James, voz do samba e da cultura popular, filiou-se ao PP e está sendo incentivado a disputar vaga na Câmara de Vitória.
Bloco na Rua
Releituras das músicas de Sérgio Sampaio, com pegada roqueira, feita pelo guitarrista cachoeirense Aroldo Sampaio, estão disponíveis no YouTube. Em tempo: amanhã Sérgio completaria 73 anos.
Imagem da Semana
“Heróis usam máscaras. E você pode salvar vida usando uma”.
Filosofia na pandemia
“O que a vida quer da gente é coragem”, João Guimarães Rosa.