No limite
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação da final do Mundial de Clubes, em Doha, no Catar, o novato Lincoln teve a chance de fazer o gol de empate em bola cruzada por Vitinho. Na área, de frente para o gol, ele tinha apenas a vigília de Van Dijk, o holandês que está entre os melhores do mundo. O jovem atacante, que algumas vezes salvou o clube com único toque, bateu de lado e jogou a bola por cima do gol de Alisson.
Foi o último ato do time que passou o ano dando alegrias à torcida. Dois minutos depois, o árbitro encerrou a disputa e o gol feito pelo brasileiro Roberto Firmino aos 98 minutos (oito da prorrogação de 30) deu o título para o Liverpool. Paciência.
Vi durante e depois do jogo as críticas ao técnico Jorge Jesus por ele ter substituído dois jogadores do meio-campo num intervalo de cinco minutos — e num momento em que o time parecia ter o jogo sob controle.
Aos 77, trocou Arrascaeta por Vitinho, e aos 82 tirou Éverton Ribeiro e pôs Diego. Todos viram que as alterações não fizeram bem ao Flamengo. Mas é preciso cautela para evitar que as tolices da paixão nos tire o equilíbrio necessário.
Todos os jogadores são monitorados e imagino que o “Jota Jota” tenha associado o baixo rendimento de ambos à fadiga anunciada. Diego não entrou bem, Vitinho foi o Vitinho de sempre, mas é absolutamente injusto que se procure razões para a derrota.
O Flamengo dividiu com o Liverpool todos os índices de performance e, embora tenha passado por maus momentos no jogo, teve chances de estar em vantagem no placar.
Mas, além da diferença orçamentária entre os dois times e do tempo de trabalho que os técnicos têm à frente de suas respectivas equipes, um grupo chegou ao duelo com 76 partidas e outro com 28. A fisiologia praticada no mundo inteiro defende que isso, por si só, põe os europeus em vantagem.
Por isso tenho lá minhas dúvidas se são justas as críticas quanto às mexidas de Jesus. O time rubro-negro não funcionou como nos melhores dias, mas mesmo assim me pareceu melhor do que na final da Libertadores.
O Flamengo perdeu pelo mesmo 1 a 0 que o Manchester United impôs ao Palmeiras de Felipão em 1999, que foi também o placar que o Real Madrid fez na vitória sobre o Grêmio de Renato em 2017. A diferença foi a postura digna de campeão continental.
Talvez, por isso, o torcedor rubro-negro esteja resignado. A luta segue.
SUGERIMOS PARA VOCÊ:
Gilmar Ferreira, por Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
ACESSAR
Gilmar Ferreira,por Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
PÁGINA DO AUTOR