Prefeitura interdita barraca em Porto de Galinhas após agressão a turistas
Prefeitura do Ipojuca determinou ainda afastamento dos profisionais envolvidos na agressão
A Prefeitura de Ipojuca, no litoral Sul de Pernambuco, determinou a suspensão das atividades da barraca de praia onde um casal de turistas do Mato Grosso foi agredido no último sábado (27). O estabelecimento ficará interditado por sete dias. Além da interdição, a gestão municipal exigiu o afastamento imediato e preventivo de garçons e atendentes envolvidos no episódio até a conclusão das investigações. Os permissionários que atuam no local foram intimados a prestar depoimento.
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) informou que já identificou 14 suspeitos de participação no ataque. Em resposta ao ocorrido, o policiamento e as ações de fiscalização na faixa de areia foram reforçados, além de outras medidas anunciadas.
Divergências sobre a motivação
As vítimas, os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, relatam que foram cercados e agredidos por um grupo de 20 a 30 pessoas após questionarem uma cobrança indevida. Segundo o casal, o valor acordado pelo uso de cadeiras era de R$ 50, mas, no momento do pagamento, a taxa teria sido reajustada para R$ 80.
Por outro lado, em vídeos publicados nas redes sociais, barraqueiros envolvidos na confusão negam a prática de preços abusivos e refutam as acusações de homofobia levantadas pelas vítimas.
Medidas de fiscalização e segurança
O caso motivou uma reunião de emergência nesta segunda-feira (29), no Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (CICCE), no Recife. Representantes do Governo do Estado e da Prefeitura de Ipojuca definiram um plano de ação para coibir práticas ilícitas em Porto de Galinhas.
Impacto no Turismo
A repercussão do caso gerou notas oficiais de entidades do setor. A Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) lamentou o ocorrido e ressaltou a necessidade de capacitação profissional no estado. Já o Trade Turístico de Porto de Galinhas afirmou que acompanha o inquérito e confia na punição dos responsáveis.
Apesar do incidente, o balneário mantém alta procura para a virada de ano. Segundo a Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), a taxa de ocupação para o Réveillon atinge 97,9%.
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