Caso Epstein: Departamento de Justiça dos EUA divulga arquivos com menção a Trump
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou na segunda-feira, 22, milhares de novos arquivos do caso envolvendo Jeffrey Epstein. Os documentos fazem nova menção ao presidente dos EUA, Donald Trump, de acordo com a mídia local.
Segundo o jornal The Washington Post, os arquivos liberados mostram que, em 2021, foi enviada uma intimação para Mar-a-Lago, na Flórida, onde Trump tem uma mansão. O documento solicitava os registros relacionados ao caso do governo contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein.
De acordo com a publicação, esses registros teriam anotações de um promotor assistente em Nova York sobre o número de vezes que Trump voou no avião de Epstein, incluindo um voo que teria contado apenas com Trump, Epstein e uma mulher de 20 anos.
O jornal The New York Times informou que a nova leva de documentos também traz um e-mail de 2020 do Departamento de Justiça dos EUA, no qual autoridades federais debateram o fato de o nome de Trump aparecer nos registros de voos do avião particular de Epstein "muito mais vezes do que havia sido relatado anteriormente (ou do que tínhamos conhecimento)".
Em um post na rede social X, o Departamento de Justiça dos EUA afirma que foram divulgadas mais de 30 mil páginas sobre o caso Epstein.
"Alguns desses documentos contêm alegações falsas e sensacionalistas feitas contra o presidente Trump, que foram encaminhadas ao FBI pouco antes da eleição de 2020", diz o órgão.
"Para deixar claro: as alegações são infundadas e falsas e, se tivessem qualquer resquício de credibilidade, certamente já teriam sido usadas contra o presidente Trump", acrescenta a pasta.
Com a nova divulgação, são 130 mil páginas do caso divulgadas desde sexta-feira, 19, "mas isso representa apenas uma fração do total que deve ser divulgado nas próximas semanas", destacou o The New York Times.
No domingo, 21, segundo a Associated Press, pelo menos 16 arquivos desapareceram da página pública do Departamento de Justiça com documentos relacionados a Epstein - incluindo uma fotografia mostrando o presidente Donald Trump - menos de um dia após terem sido postados, sem nenhuma explicação do governo e sem aviso ao público. O sumiço das fotos levantou mais reclamações de que a Casa Branca estaria atuando para esconder o caso.
Divulgação de arquivos
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos começou a publicar na sexta-feira, 19, registros da investigação sobre o caso do criminoso sexual Jeffrey Epstein, que morreu na prisão.
Espera-se que os arquivos lancem luz sobre as potenciais conexões do financista com executivos, celebridades e políticos, incluindo o presidente Donald Trump.
Numa primeira análise, muitos dos arquivos parecem estar bastante censurados. A lei que exige a divulgação dos documentos, a Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, obrigou o Departamento de Justiça a ocultar informações que permitam a identificação de potenciais vítimas de Epstein ou que contenham material de abuso sexual infantil.
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