Tribunal de Justiça: mais agilidade em processos judiciais
Primeira mulher a presidir o TJ, Janete Vargas Simões promete como marcas em sua gestão celeridade, diálogo e transparência
A desembargadora Janete Vargas Simões, nova presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) para o biênio 2026-2027, disse que sua gestão terá a marca do diálogo, transparência e celeridade de processos.
Janete, eleita em outubro e cuja posse está marcada para amanhã, é a primeira mulher a assumir a presidência do TJ-ES em 134 anos.
“(Gostaria de deixar) a marca da sensibilidade, do diálogo, da transparência, da comunicação efetiva com a sociedade, com o Ministério Público e com a Ordem (dos Advogados do Brasil), e uma marca de maior celeridade no julgamento dos processos”, disse ontem em entrevista coletiva, ao lado do vice-presidente do TJ-ES, desembargador Fernando Zardini Antonio.
Janete destacou que o Tribunal de Justiça teve, nos últimos anos, a implementação do processo eletrônico e a utilização da Inteligência Artificial colaborando com os magistrados e assessores, e garantiu que o índice de produtividade será melhor em sua gestão.
“Nós tivemos comarcas sem magistrados durante muitos anos, comarcas de difícil provimento. Faz diferença quando você, na produtividade, tem que avaliar os processos não decididos, não julgados, não movimentados. Mas está no eixo da nossa governança trabalharmos com esses processos, com assessores, e utilizando também a Inteligência Artificial”.
E continuou: “Sem esquecer que a IA é uma ferramenta que pode contribuir com a celeridade do processo, mas jamais substitui o homem, o magistrado e o servidor. Prometo que no final do próximo ano nós teremos um índice muito melhor em 1º e 2º grau”.
A nova presidente do TJ-ES disse que o atendimento e visibilidade do Processo Judicial Eletrônico (PJE) também terá atenção especial. “Está no nosso foco e dentre os eixos da administração a melhoria do PJE e também na comunicação. E melhorar o recebimento das demandas das comarcas”.
Trechos de falas da nova presidente do TJ-ES
“Momento de inclusão das mulheres”
Responsabilidade
“Tenho pleno conhecimento da minha responsabilidade e do desafio gigantesco que vou enfrentar nos próximos dois anos. Mas também posso dizer que tenho o apoio integral dos meus pares, da magistratura e dos servidores do meu Tribunal de Justiça”.
Medidas afirmativas
“Já temos algumas medidas afirmativas. O Tribunal de Justiça tem projetos de alunos na escola da magistratura, para alunos negros se prepararem para o concurso da magistratura. Sei que ser mulher faz diferença e precisamos de mais políticas públicas para que todas sejam capacitadas e exerçam uma atividade digna. É um processo que eu acredito ser muito lento, que necessita de grandes mudanças e de grandes investimentos do poder público para que traga a mulher para esse papel de poder”.
Inspiração
“A mensagem que tenho sempre deixado é de que é possível você conseguir o que tem como meta através da capacitação, da determinação, do foco e de opções que você faz e fará na vida. É possível. Eu sei que não é fácil, é preciso ter uma rede de apoio e nem todas conseguem ter essa rede, mas eu tenho certeza que estamos vivenciando um outro momento, um momento de inclusão das mulheres”.
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