Como a gratidão transforma a saúde e a relação com a comida
Tudo o que você precisa saber para uma alimentação saudável no dia a dia
Gabriela Rebello
Você já parou para pensar que um único hábito pode melhorar sua saúde mental, sua digestão, sua relação com o corpo e até a forma como você come? Parece exagero, mas não é. A gratidão, celebrada no dia 6 de janeiro, é uma das práticas mais estudadas quando o assunto é bem-estar emocional. E o mais curioso é que ela começa na mente, mas termina refletindo no prato, no sono, nos hormônios e na forma como lidamos com a vida.
Quando praticamos a gratidão de forma consciente, nosso cérebro libera dopamina e serotonina — neurotransmissores ligados ao prazer, à motivação e ao equilíbrio emocional.
Isso reduz o cortisol, o hormônio do estresse, e estimula respostas corporais positivas, como digestão mais eficiente, menos compulsão alimentar e maior sensação de saciedade.
Em outras palavras: quem pratica gratidão come melhor, dorme melhor e sente mais leveza no dia a dia.
Vamos refletir, quantas vezes você comeu sem fome, por frustração, ansiedade, cansaço ou tédio? Isso é mais comum do que imaginamos. A alimentação emocional tem crescido junto com a rotina acelerada, o excesso de estímulos e a falta de pausa.
E aqui entra a gratidão como ferramenta terapêutica: quando você para alguns minutos para reconhecer o que foi bom no seu dia, sua mente desacelera, seu corpo sai do estado de alerta e a vontade de “anestesiar” emoções com comida diminui naturalmente.
A gratidão funciona como uma luz acesa em um quarto escuro: não muda os móveis de lugar, mas muda completamente a forma como enxergamos o espaço.
Praticar gratidão não é apenas escrever frases bonitas; é se comprometer com escolhas que honram seu corpo e sua saúde.
Pequenas atitudes – como comer com mais presença, dormir no horário, tomar água ao longo do dia e dizer “não” ao que te adoece – também são expressões de gratidão.
Autocuidado é gratidão em ação. É olhar para si mesma e dizer: “eu mereço me sentir bem”.
Prepare um caderno, um bloco no celular ou uma folha no mural da casa. Convide filhos, marido, amigas de trabalho ou até a equipe do escritório.
A ideia é simples: 15 dias de pequenos gestos que alteram o funcionamento do cérebro, do humor e até do apetite.
Dia 1: Reflita/escreva três coisas pelas quais você é grata hoje.
Dia 2: Uma pessoa que fez diferença na sua vida – envie uma mensagem para ela.
Dia 3: Faça uma refeição com atenção plena, sem telas.
Dia 4: 10 minutos ao ar livre – contato com natureza e banho de sol.
Dia 5: Beber água ao longo do dia como um ato de cuidado – mínimo de 2 litros.
Dia 6: Anote algo sobre seu corpo que você aprecia.
Dia 7: Organize um cantinho da casa/mesa do trabalho (ambiente limpo = mente leve).
Dia 8: À noite, após finalizar os afazeres, tire um momento para escalda-pés e uma dose de chá de sua preferência.
Dia 9: Faça uma boa ação.
Dia 10: Desligue o celular uma hora antes de dormir.
Dia 11: Se olhe no espelho e repita: “Eu sou digno(a) de amor e felicidade, e sou grato(a) por todas as minhas bênçãos”.
Dia 12: Providencie um arranjo de flores colorido e natural para decorar o seu lar e sua mesa de trabalho.
Dia 13: Tire cinco minutos do seu dia para uma prática espiritual – independente de sua religião
Dia 14: Escreva cinco coisas pelas quais você é grata hoje.
Dia 15: Liste tudo o que mudou nesses dias – por menor que pareça e agradeça por sua evolução.
Gratidão não é um evento, é um estilo de viver. Finalizar um ciclo, iniciar um novo, é como revisar a rota antes de pegar a estrada: torna o caminho mais leve, mais consciente e mais saudável.
E quanto mais você pratica, mais seu corpo responde.
Afinal, o que nutrimos emocionalmente também nos nutre fisicamente.
E se existe um hábito capaz de transformar a forma como você come, sente e vive, ele começa com algo simples: agradecer.
Compartilhe com alguém que precisa desse lembrete. Gratidão é uma corrente – e quanto mais circula, mais transforma.
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Nutridicas,por Gabriela Rebello