Júri condena policial penal a 18 anos por morte de professor de dança
Marlon de Melo Freitas foi morto em Olinda, no ano passado, em uma discussão de trânsito
A Justiça de Pernambuco condenou, nesta terça-feira (2), o policial penal Claudomerisson José do Nascimento, de 55 anos, pelo homicídio do professor de dança Marlon de Melo Freitas da Luz, de 31. O crime ocorreu em maio de 2024, após uma discussão de trânsito.
O julgamento, realizado por júri popular, resultou na condenação do réu a 18 anos e 8 meses de reclusão por homicídio duplamente qualificado. A pena deverá ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.
Detalhes do julgamento e qualificadoras
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou o policial penal por homicídio qualificado. O TJPE informou que a sentença considerou para qualificar o crime o uso de recurso por parte do réu que dificultou a defesa da vítima (traição, emboscada, dissimulação), e comparou a ação a atividade típica de grupo de extermínio, mesmo que praticada por um único agente.
O crime
O professor Marlon de Melo Freitas da Luz foi baleado após uma briga de trânsito com Claudomerisson, quando voltava do trabalho de motocicleta. O policial penal, que também pilotava uma moto, efetuou dois disparos, atingindo o tórax e o braço da vítima. Em sua defesa, o policial penal alegou que teria sofrido uma tentativa de assalto por parte do professor e por isso reagiu. Claudomerisson chegou a registrar um Boletim de Ocorrência se posicionando como vítima.
Marlon foi socorrido em estado grave e internado no Hospital da Restauração (HR), no Recife. Um dos tiros perfurou seu pulmão e se alojou na coluna. Apesar de ter sido submetido a cirurgia, Marlon não resistiu aos ferimentos e morreu quatro dias depois, em 8 de maio. Ele deixou a esposa e uma filha de 8 anos.
O policial penal trabalhava na Paraíba, onde um processo administrativo foi aberto contra ele. Após a denúncia do MPPE ser aceita, a Justiça decretou a prisão preventiva do acusado. Claudomerisson José foi preso em Olinda, no dia 17 de maio, e encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), em Abreu e Limaonde estava à espera deste julgamento.
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