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EU E ELAS

O silêncio depois das más escolhas também é amor-próprio

Às vezes, a melhor companhia somos nós mesmas

Izah Mendonça | 12/12/2025, 06:00 h | Atualizado em 02/12/2025, 18:40
Eu e Elas

Iza Medonça



          Imagem ilustrativa da imagem O silêncio depois das más escolhas também é amor-próprio
Izah Mendonça |  Foto: Aquiles Brum

Há fases da vida em que o coração parece pedir socorro. Depois de relações que nos drenam, escolhas apressadas e afetos que não se sustentam, chega um momento em que o silêncio, sim, aquele mesmo que antes parecia assustador, se revela uma dádiva. E é aí que mora uma verdade libertadora: ficar sem relacionamento depois de escolhas ruins pode ser o maior gesto de amor-próprio que alguém pode dar a si mesma.

É curioso como fomos ensinadas a acreditar que estar acompanhada é sempre melhor do que estar só. Que o coração precisa estar ocupado para estar vivo. Mas a maturidade, aquela que vem com a vivência, com a queda e com a cura, mostra exatamente o contrário: às vezes, a melhor companhia somos nós mesmas.

Quando decidimos fazer uma pausa nos relacionamentos, não estamos desistindo do amor. Estamos escolhendo um amor mais importante: o nosso.

É nesse intervalo que a vida nos convida a olhar para dentro, entender por que insistimos em padrões que não funcionam, por que aceitamos menos do que merecemos e por que nos apaixonamos tão rápido por quem não estava preparado para nos amar de verdade.

Essa pausa não é solidão. É reconstrução.

É o momento de reaprender o gosto das próprias escolhas, de retomar prioridades, de curar feridas que insistem em nos empurrar para relações parecidas com as que já deram errado. É nesse silêncio que percebemos que amor não pode ser remendo, na verdade, precisa ser encontro.

E existe uma coragem enorme nessa decisão: a coragem de não se apaixonar imediatamente. A coragem de não se jogar no primeiro gesto de atenção só para preencher o vazio. Escolher não se apaixonar é escolher não repetir ciclos. É dar ao coração o tempo que ele merece para bater no ritmo certo. É entender que pressa não combina com profundidade.

Quando uma mulher decide fazer essa pausa, algo muda. Ela deixa de buscar aprovação e passa a buscar sentido. Deixa de aceitar migalhas e passa a exigir reciprocidade. Deixa de se adaptar e começa a escolher. E esse é um dos renascimentos mais bonitos que uma mulher pode viver.

Sim, o amor pode voltar. E ele voltará. Mas voltará quando encontrar uma mulher inteira, consciente, madura e confiante, não alguém tentando evitar a própria solidão.

Porque o que define a próxima história de amor não é o outro: é a versão de nós mesmas que escolhemos ser depois de tudo que já vivemos.

Dar um tempo não é parar a vida.

É preparar o terreno para que, da próxima vez, o amor seja tão bonito quanto a mulher que ele encontra.

E isso, para mim, é libertador.

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