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EU E ELAS

A menopausa não tira potência de ninguém

Ela apenas convida a mulher a renascer — com mais consciência, força e liberdade

Izah Mendonça | 05/12/2025, 06:00 h | Atualizado em 02/12/2025, 18:24
Eu e Elas

Iza Medonça



          Imagem ilustrativa da imagem A menopausa não tira potência de ninguém
Izah Mendonça |  Foto: Aquiles Brum

A vida da mulher é feita de ciclos. Alguns chegam suavemente, outros chegam derrubando certezas e trazendo perguntas que nunca fizemos. A menopausa é um desses marcos — natural, inevitável e, ao mesmo tempo, transformador. E um dos efeitos que mais preocupa mulheres 40+, 50+ e 60+ é o aumento de peso, sobretudo aquele que “aparece” mesmo quando a rotina alimentar parece a mesma. Mas por que isso acontece? E como lidar com ansiedade, apetite e longevidade de forma mais leve?

A resposta exige conhecimento, acolhimento e novas escolhas.

Por que as mulheres engordam na menopausa?

A menopausa não é um simples “fim do ciclo menstrual”. É uma orquestra hormonal que muda de ritmo.

Quando os níveis de estrogênio e progesterona caem, o corpo interpreta isso como um sinal de alerta, e reage.

✔️ 1. Metabolismo mais lento

A queda hormonal reduz a capacidade do corpo de queimar calorias.

Aquilo que antes era mantido com facilidade agora exige mais atenção.

✔️ 2. Perda de massa magra

A musculatura diminui naturalmente, e músculo é o principal acelerador do metabolismo.

Menos músculo = menos calorias queimadas = mais acúmulo de gordura.

✔️ 3. Aumento da gordura abdominal

Com menos estrogênio, o corpo passa a acumular gordura no abdômen.

É fisiológico, mas pode ser controlado.

✔️ 4. Ansiedade e compulsão

A flutuação hormonal amplifica fome emocional, irritabilidade e queda de serotonina — o hormônio do bem-estar.

Resultado?

Muitas mulheres comem para aliviar a tensão, não a fome.

Ansiedade feminina: a vilã silenciosa

Nós, mulheres, carregamos múltiplos papéis: mãe, profissional, cuidadora, esposa, filha.

A sobrecarga emocional, somada às mudanças biológicas, cria um terreno fértil para a ansiedade.

E ansiedade não é só mental.

Ela mexe com o corpo inteiro:

• Aumenta cortisol (hormônio do estresse)

• Prejudica o sono

• Desregula o apetite

• Diminui a disposição para treinar

E como resposta, o corpo pede alimento, de preferência carboidratos rápidos.

É uma forma de “acalmar” o organismo, mas que cria um ciclo vicioso.

A sabedoria japonesa que pode transformar a relação com a comida

No Japão, especialmente em Okinawa, uma das regiões com mais longevidade no mundo, existe um princípio milenar chamado Hara Hachi Bu.

O que significa Hara Hachi Bu?

É a prática de comer até 80% da capacidade estomacal, nunca até a sensação de estar cheia.

Na prática, as mulheres japonesas:

• comem devagar;

• mastigam mais;

• escutam o corpo;

• param de comer no primeiro sinal de saciedade;

• evitam excessos diários.

É um pequeno segredo que gera grandes resultados:

• menos peso,

• menos inflamação,

• menos ansiedade pós-refeição,

• mais leveza,

• mais longevidade.

O que fazer para viver melhor, controlar o apetite e preservar a saúde?

A menopausa exige ajustes, não sofrimento.

Com pequenas mudanças, é possível viver essa fase com mais energia, equilíbrio e autoestima.

✔️ 1. Priorizar proteína

Ajuda a controlar fome, preservar músculo e acelerar o metabolismo.

✔️ 2. Treino de força 3 a 4 vezes por semana

Musculação é remédio para menopausa.

É o que “liga” o metabolismo novamente.

✔️ 3. Fibras em todas as refeições

Elas seguram a fome e melhoram o intestino, que afeta humor e ansiedade.

✔️ 4. Sono de qualidade

Dormir bem reduz compulsão, ansiedade e inflamação.

✔️ 5. Ritual de pausa

5 min de respiração profunda antes das refeições reduzem a fome emocional.

✔️ 6. Hidratação inteligente

Muitas vezes é sede, não fome.

✔️ 7. Rotina anti-inflamatória

Azeite, frutas vermelhas, cúrcuma, gengibre, ômega 3, são aliados poderosos.

✔️ 8. Terapias e acompanhamento médico

Reposição hormonal quando indicada pode transformar a vida.

O novo corpo, a nova mente e a nova mulher

É preciso compreender: a menopausa não é o fim da vitalidade. É o início de uma nova sabedoria corporal.

Uma fase em que a mulher pode, e deve, se colocar em primeiro lugar. (Já falei sobre isso em outras colunas, aqui)

Controlar o apetite, equilibrar ansiedade e respeitar o próprio corpo é um ato de amor-protagonista.

E talvez o grande segredo seja unir ciência, movimento e sensibilidade.

Um corpo que se escuta e uma mente que se acolhe.

A menopausa não tira potência de ninguém.

Ela apenas convida a mulher a renascer, com mais consciência, força e liberdade.

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