Discos raros de vinil podem chegar a R$ 2.500
Discos de vinil continuam ganhando espaço, inclusive se tornando cada vez mais valiosos com o passar dos anos
Quem pensou que os discos de vinil ficaram no passado está muito enganado. Esses objetos que armazenam música continuam ganhando espaço, inclusive se tornando cada vez mais valiosos com o passar dos anos.
Quem está vendendo é Luiz Cláudio Casado, dono da loja VinilMania. Ele explicou que o preço se torna maior devido à raridade do álbum, grande procura e estado de conservação.
“É um álbum raríssimo, não se acha mais. Se tiver umas 10 peças com esse estado de conservação no Brasil, é muito. É mais fácil achar uma nota de R$ 100 na rua, do que ver, colocar a mão nesse vinil”.
Segundo Luiz, uma das músicas do álbum, “16 toneladas”, fez muito sucesso ao ser utilizada em um comercial da década passada para uma marca de cerveja.
“‘16 toneladas’ é uma releitura, uma versão samba-rock da música ‘Sixteen Tons’, que fez sucesso no século passado. Por conta do comercial, virou uma febre na Europa. Muita gente gostou da versão de Noriel, os japoneses e europeus recolheram muitos exemplares disponíveis no Brasil”.
Além de “Eis o ‘ôme’”, ele também vende outros discos raros, como “Clube da Esquina”, que estava valendo mais de R$ 1 mil.
Em relação aos vinis que mais são procurados em sua loja, ele disse que são os de músicas brasileiras. Secos e Molhados, Sérgio Sampaio e Evinha são nomes que ganham destaque.
Raridades
Artistas capixabas
Nerildo Loyola, dono da loja Amigos do Vinil ES, localizada no Shopping Praia da Costa, vende discos novos e seminovos de diversos artistas e gêneros musicais. A arte capixaba, inclusive, ganha espaço em seu estabelecimento.
A loja organiza o financiamento coletivo para o lançamento de vinis de músicos do Espírito Santo e o projeto já deu vida a discos do Lordose pra Leão, André Prando e Saulo Simonassi.
Nerildo comentou também que o disco mais caro vendido foi um compacto da banda Thor, pioneira no heavy metal capixaba, avaliado em torno de R$ 2.300.
Memórias da infância
Fã de surf music, o comerciante Rodrigo Loyola, de 46 anos, voltou a colecionar vinis há pouco mais de um ano ao ser incentivado por um amigo. Para ele, esse hobby resgata sua memória de quando era pequeno. “Lembro de épocas em que eu ainda morava com os meus pais, dá uma nostalgia... Estou gostando muito desse hobby. O vinil está mais vivo do que nunca”.
Ele já está em seu terceiro toca-disco e conta com uma coleção de 450 discos. “Alguns ganhei de presente”, ressaltou.
Colecionadora iniciante
A estudante Maria Luiza Nascimento, de 23 anos, está encantada por vinis e já tem uma coleção de 20 discos. “Comecei a comprá-los por conta do meu pai e me considero uma colecionadora iniciante”.
Ela contou que tem três discos do astro Michael Jackson e que pretende investir em vinis da rainha do pop, Madonna.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Comentários