Gilmar Ferreira. |  Foto: Divulgação

E o Flamengo tentará conquistar o mundo de novo. A vitória sobre o Palmeiras no sábado (29) à noite, em Lima, com gol em bela cabeçada de Danilo, premiou não só a maior qualidade do elenco rubro-negro, mas a coragem e o padrão de jogo ofensivo. Não foi duelo fácil, como já era esperado, mas um confronto em que o Flamengo foi sempre quem mais ocupou o campo de ataque, e controlou as ações de forma estruturada.

Mais um título incontestável na carreira de Filipe Luis, que saiu de campo há dois anos para levar o clube à “glória eterna” mais uma vez - agora já como histórico treinador.

Com um elenco bem qualificado, armou seu time à semelhança daquele treinado por Jorge Jesus em 2019, campeão do Brasileiro e da Libertadores.

Não com mesmo padrão, mas onde os experientes Danilo e Alessandro interpretam papéis que Rafinha e o próprio Filipe assumiam na leitura tática e na ascendência sobre os demais.

Os remanescentes Arrascaeta e Bruno Henrique guardam o DNA do jogo, e Jorginho controla o ritmo com a maestria de Diego. O Palmeiras de Abel Ferreira não conseguiu se impor e só mostrou ímpeto para vencer após o gol de Danilo, aos 22m da fase final.

A partida não foi um primor em virtuosismo, violenta em alguns momentos, muito em função da arbitragem permissiva do argentino Dário Herrera. Os dois times exageram na vontade e levaram para as divididas a rivalidade que já dura dez anos. A ponto de Pulgar passar perto de ser expulso por um bico na canela de Bruno Fuchs ainda no primeiro tempo - agressão não revista por Hector Paletta, o VAR argentino.

Fora estes excessos, Flamengo e Palmeiras nos orgulham pelo nível de gestão alcançada, padrão que os coloca entre os grandes clubes da Europa, o que não é pouco.

E é importante lembrar que o Flamengo não é só o primeiro clube brasileiro tetracampeão da Libertadores.

Ele garantiu a vaga do país no inter-continental da FIFA cujas fases finais serão disputadas agora em dezembro, no Catar, e participação entre os 32 que disputarão o Mundial de Clubes, em 2029. Outros quatro campeões continentais já têm o direito: PSG, da Champions; Al Ahli (Arábia), da Liga da Ásia; o Pyramids (Egito), da Liga da África; e o Cruz Azul (México), campeão na Concacaf (América do Norte). E agora o Flamengo.

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