Ucrânia consegue empréstimo com FMI, mas defende uso de ativos russos para sustentar guerra
O Fundo Monetário Internacional (FMI) e as autoridades ucranianas chegaram a um acordo preliminar ontem sobre um conjunto de políticas macroeconômicas para um novo arranjo de US$ 8,1 bilhões em 48 meses sob o Mecanismo de Financiamento Ampliado (EFF,a sigla em inglês).
Segundo comunicado divulgado na quarta-feira, a instituição mantém seu compromisso de engajamento com a Ucrânia, e um novo programa pode ser submetido ao Conselho Executivo para aprovação, após a conclusão das ações prévias. "O FMI acolhe todos os esforços para garantir uma paz duradoura, e o programa será recalibrado conforme necessário em cada revisão, dependendo do progresso em direção a uma resolução da guerra", acrescentou.
Nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Sybiha, pediu aos parceiros da União Europeia (UE) que aprovem uma decisão para usar ativos russos congelados, visando apoiar 140 bilhões de euros em empréstimos à Kiev.
"É importante para nós receber um resultado positivo em relação ao empréstimo de reparação, ou seja, o uso efetivo dos ativos russos congelados", disse Sybiha a repórteres, segundo a Reuters.
Em paralelo, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, anunciou nesta quinta que delegações de seu país e dos Estados Unidos se reunirão esta semana para avançar as negociações em Genebra, visando trazer paz e fornecer garantias de segurança para Kiev, também conforme a Reuters.
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