Indústria busca isenção de tarifas para o café solúvel
A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) informou que lamenta que o café solúvel tenha sido mantido na lista de produtos taxados
A indústria do café busca a isenção para o produto solúvel. Representantes do setor disseram que mantém negociações juntamente com o governo federal visando a isenção tarifária dos EUA para o produto, após Donald Trump ter assinado, na última quinta-feira, ordem que retirou a taxa de 40% sobre os grãos verdes brasileiros.
O presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), Fabrício Tristão, disse que o setor espera que o café solúvel entre na isenção o quanto antes. “Imaginamos que a isenção viria para todos os produtos, visto que os EUA não tem capacidade de produção de todo solúvel que consome”.
Toda estrutura das instituições brasileiras do café, governo federal e instituições americanas agora estão trabalhando para incluir o café solúvel na isenção completa de tarifas, segundo Tristão. “Hoje (ontem) mesmo já houve várias reuniões sobre isso tema”, disse.
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A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) informou que lamenta que o café solúvel tenha sido mantido na lista de produtos sujeitos à taxa.
O produto representa cerca de 10% das exportações da indústria brasileira de café, disse Marcos Matos, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Ele reforçou que o setor segue negociando.
“Nós temos reunião com o Ministério das Relações Exteriores, dia 28. Temos uma rodada de negociações com o Ministério do Desenvolvimento e Ministério da Agricultura, nos dias 27 e 28. Temos esse trabalho para fazer em prol do café solúvel”.
Café despenca nas bolsas internacionais
Os contratos futuros de café despencaram ontem, atingindo a mínima em quase dois meses na Bolsa de Nova York, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, ampliou as isenções tarifárias para produtos alimentícios brasileiros.
A decisão reduz o temor de escassez no mercado americano, que é não apenas o maior consumidor de café do mundo, mas também altamente dependente do Brasil para abastecimento regular.
O arábica, variedade utilizada em cafés especiais e responsável por grande parte das exportações brasileiras, havia renovado recordes históricos no mês passado. A escalada ocorreu porque as tarifas dificultaram a entrada de grãos brasileiros nos EUA, levando exportadores e torrefadores a segurarem contratos em meio à incerteza.
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