Túlio Gadêlha pede que PGR investigue possível vazamento de questões do ENEM 2025
Deputado solicita apuração sobre suspeita de uso de conteúdo sigiloso por universitário que antecipou questões e levou à anulação de parte da prova
O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE) enviou uma notitia criminis à Procuradoria Regional da República da 4ª Região. Ele pede que seja aberta investigação para esclarecer a conduta do universitário Edcley de Souza Teixeira, apontado como responsável por antecipar questões semelhantes às aplicadas no ENEM 2025 — fato que levou à anulação de três itens da prova. O parlamentar solicita que o Ministério Público Federal apure se houve Fraude em Certame de Interesse Público (art. 311-A do Código Penal) e violação de sigilo, considerando o impacto direto na isonomia e na segurança do exame.
Suspeita de uso de informações privilegiadas
Gadêlha afirma que há indícios de que o estudante, que diz participar de pré-testes do Inep, teria usado conteúdos sigilosos para elaborar aulas, lives e materiais de preparação comercializados antes da prova. Para o deputado, as evidências justificam uma apuração imediata.
“Estamos requerendo uma investigação oficial para esclarecer se a divulgação das questões, que causou a anulação de parte da prova, configura crime e violou o sigilo do ENEM. Precisamos chegar aos responsáveis, sem transformar o caso em uma guerra de narrativas, mas garantindo que a integridade do exame seja totalmente preservada.”
Acompanhamento pelo Parlamento
O parlamentar destaca que o MEC já acionou a Polícia Federal, mas afirma que o Legislativo também tem o dever de acompanhar o caso e cobrar do Ministério Público Federal esclarecimentos sobre eventual responsabilidade penal.
Requerimento de informações ao MEC
Além da notitia criminis, Gadêlha protocolou um pedido de informações ao Ministério da Educação. Ele quer detalhes sobre o andamento das investigações conduzidas pela Polícia Federal e sobre as medidas preventivas previstas para evitar novos episódios de vazamento. Segundo o deputado, a prioridade é reforçar mecanismos de proteção e dar segurança jurídica às próximas edições do exame.
“A credibilidade do ENEM constitui patrimônio público e condição essencial para a democratização do ensino superior. Se houve fragilidade, ela precisa ser corrigida com urgência — e confiamos que o governo está empenhado nisso. Proteger o ENEM é proteger o futuro de milhões de jovens brasileiros"
Gadêlha afirmou que seguirá acompanhando o caso e cobrando esclarecimentos das autoridades competentes.
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