Foragido por triplo homicídio na Serra é preso em Vitória
“Secão”, de 19 anos, é apontado como membro do tráfico no Morro da Garrafa. Outros dois réus seguem foragidos
Um dos réus foragidos pelo triplo homicídio ocorrido em Novo Horizonte, na Serra, em julho, foi preso nesta sexta-feira (21). A Polícia Civil informou que o mandado de prisão foi cumprido no bairro Santa Martha, em Vitória. O detido, identificado como Samuel Cararo de Paula, conhecido como “Secão”, de 19 anos, é apontado como integrante do tráfico no Morro da Garrafa.
A prisão foi realizada pela equipe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, que se deslocou até Santa Martha após receber uma denúncia anônima indicando o paradeiro do suspeito.
“O indivíduo tentou fugir pelos fundos da casa, mas foi alcançado, identificado e preso. O aparelho celular dele foi apreendido para auxiliar nas investigações”, afirmou o delegado Rodrigo Sandi Mori, chefe da DHPP da Serra.
O detido foi conduzido à DHPP da Serra para os procedimentos de praxe e, em seguida, será encaminhado ao Centro de Triagem, no Complexo Penitenciário Rodrigo Figueiredo da Rosa. Outros dois réus seguem foragidos: Igor Daniel dos Santos Rafasque, o “Gaspar”, e Gabriel Tadeu Santana Leite, o “Paquetá”.
Relembre o caso
O ataque ocorreu no dia 11 de julho, na Avenida Brasil, em Novo Horizonte, e deixou três mortos e cinco feridos, entre eles um casal, um motoboy e dois policiais militares.
O crime foi cometido por um grupo de seis homens que chegou ao local em dois veículos, disparou 54 tiros contra as vítimas e fugiu em seguida. Dois suspeitos foram presos em flagrante no mesmo dia.
Segundo o delegado Rodrigo Sandi Mori, o ataque foi ordenado por um líder do tráfico conhecido como “2B”, preso desde 2017, que continuava comandando o tráfico no Morro da Garrafa.
A motivação foi uma disputa territorial após integrantes do Morro da Garrafa perderem espaço para criminosos ligados ao PCV em Novo Horizonte.
O ataque foi articulado pelo braço operacional de “2B”, conhecido como “Barata”, responsável por recrutar executores, organizar a logística e fornecer as armas usadas.
A investigação ainda apontou a participação de um advogado que atuava como mensageiro da organização criminosa, repassando recados e cartas entre os chefes do grupo. Oito suspeitos foram indiciados, sendo seis presos e dois ainda foragidos.
O advogado foi indiciado por organização criminosa. Os demais respondem por triplo homicídio qualificado, tentativas de homicídio, dupla tentativa contra policiais militares, receptação e organização criminosa. As denúncias tramitam na 3ª Vara Criminal do Júri da Serra.
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