O Nordeste na Série A 2025 foi da euforia à decepção
O futebol nordestino na Série A do Brasileirão em 2025 está deixando a desejar. Da euforia de termos cinco clubes na elite, passamos à decepção de estarmos prestes a ver três times voltarem para a segundona.
Apenas o Bahia, poderoso time do Grupo City, que luta merecidamente por uma vaga na Libertadores, e o valente Ceará, que tem um grupo limitado, porém esforçado, mostram que, de fato, vão permanecer na primeira divisão.
O Fortaleza, depois de anos na Série A e disputando competições internacionais, em 2025 não conseguiu ter o mesmo aproveitamento. Parece que parou no tempo, com um elenco que precisava de reformulação, mas que ela não aconteceu quando deveria. O resultado? Zona de rebaixamento em boa parte do campeonato e risco de queda acima dos 80%.
O Vitória é outro tradicional time nordestino que beira o rebaixamento. A equipe não pode mais se dar ao luxo de vacilar e precisa vencer os jogos que lhe restam. O rubro-negro baiano há muito tempo não consegue dar sequência na Série A, vivenciando o famoso “bate e volta” nos últimos anos. A equipe do Barradão, se quiser alcançar o maior rival, terá que não apenas pensar na possibilidade de se tornar SAF, como também entender que é essencial formar um elenco competitivo quando se fala em elite. Jogar a primeira divisão com a maioria do grupo demonstrando ter futebol de segundona é um convite ao rebaixamento, e o Vitória não é uma instituição para viver na Série B.
O Sport é o mais decepcionante. Até hoje me pergunto como um clube, que tinha tudo para fazer uma grande campanha, consegue de forma tão bizarra ser rebaixado com recordes e mais recordes negativos: maior sequência de derrotas, pior campanha na era dos pontos corridos na Série A, dívidas contraídas, contratações sem critério e crise política nos bastidores. O Leão da Ilha mergulhou numa crise, quando o torcedor esperava, pelo menos, pela permanência. Já rebaixado, a situação do Sport é tão séria que, se algo não for feito para reestruturar todos os setores do clube (futebol, administrativo, político, comunicação...), o clube poderá entrar num caminho de quedas sequenciais, assim como aconteceu com o seu maior rival Santa Cruz, que aos poucos está ressurgindo. É bom acordar!
Por fim, uma coisa é certa: o futebol nordestino foi e está sendo mais decepção do que motivos para aplaudir na elite nacional.
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