Presidente da Câmara de Ipojuca e 1º secretário são detidos em operação policial
Detenções fazem parte de uma investigação que apura desvio de recursos públicos de emendas parlamentares no município de Ipojuca.
O presidente da Câmara dos Vereadores de Ipojuca, Flávio do Cartório (PSD), e o primeiro secretário da Casa, Professor Eduardo (PSD), foram detidos no início da noite desta terça-feira (18) por policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de Pernambuco. A abordagem ocorreu no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, quando os dois parlamentares deixavam um supermercado, situado na Rua Padre Carapuceiro. Os vereadores foram conduzidos até a Central de Plantões da Capital, em Campo Grande, na Zona Norte do Recife, para prestar depoimentos.
Investigação por desvio de emendas impositivas
Até o fechamento desta matéria, ainda não havia informações oficiais por parte da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) sobre detalhes da operação. As detenções seriam um desdobramento de uma investigação que apura desvio de recursos públicos provenientes de emendas impositivas no município de Ipojuca. Os vereadores já estariam sob monitoramento da equipe do GOE. A operação policial que investiga o suposto esquema já havia efetuado a prisão de outros quatro suspeitos em etapas anteriores.
Posicionamento do PSD
O Partido Social Democrático (PSD), divulgou para a imprensa uma nota oficial sobre as prisões:
"O PSD de Pernambuco informa que vai acompanhar as investigações referentes à prisão do presidente da Câmara de Vereadores de Ipojuca, Flávio do Cartório, e do seu vice [primeiro secretário], Professor Eduardo, ambos filiados ao partido. Assim que o processo legal for concluído, adotaremos as medidas cabíveis."
Desdobramentos da da peração em Ipojuca
As prisões do presidente e do primeiro secretário da Câmara de Ipojuca, Flávio do Cartório e Professor Eduardo, fazem parte da Operação "Alvitre" da Polícia Civil de Pernambuco, que investiga o desvio de recursos públicos de emendas parlamentares.
Os desdobramentos noticiados revelam um esquema complexo, com a prisão de outros suspeitos em fases anteriores. A Operação "Alvitre" foi deflagrada em 2 de outubro de 2025. Inicialmente, a Polícia Civil prendeu três mulheres durante as diligências.
No dia 28 de outubro deste ano, a professora Simone Marques, foi assassinada a tiros no quintal da residência onde morava, no Centro do Ipojuca. Ela iria depor na polícia sobre os desvios de verbas públicas. A professora trabalhou na faculdade Novo Horizonte, localizada em Ipojuca, que seria uma das empresas envolvidas no esquema de devio de verbas. A morte da professora pode estar ligada ao que a polícia chama de "quiema de arquivo".
Empresário preso
Um dos alvos principais da operação, o empresário Gilberto Claudino da Silva Júnior, acusado de coordenar o esquema milionário de desvios, se entregou à polícia em 6 de novembro último, após estar foragido por um mês.
A investigação aponta que o esquema utilizava instituições, como o Instituto Nacional de Ensino, Sociedade e Pesquisa (Inesp), para receber repasses milionários, via Instituto de Gestão de Políticas do Nordeste (IGPN). O dinheiro era destinado a cursos de capacitação com orçamentos inflacionados e planos de trabalho inconsistentes.
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