A saída de Yuri Romão após pressões e distanciamento dos torcedores
A saída de Yuri Romão da presidência do Sport, anunciada pelo próprio dirigente em coletiva de imprensa na sexta-feira (14), na Ilha do Retiro, sacramenta o que já pode ser vista como uma das piores temporadas do futebol do Clube Rubro-Negro.
Apesar de não admitir publicamente, o atual e futuro ex-mandatário do Sport já estava isolado. Pelo menos é o que aparentava. Estava distante daqueles que um dia o elegeram: o torcedor. Mas essa situação em que a gestão Romão se colocou não foi por acaso ou fruto de injustiças, ela é um reflexo direto de sua administração na temporada 2025. Tudo bem que podem existir aqueles que amam o caos para se beneficiarem, mas os fatos falam por si.
É inadmissível que um clube que investiu na casa de R$ 60 milhões na formação do elenco tenha uma resposta tão ruim em campo. A impressão é de uma gastança desenfreada, onde atletas e treinadores foram trazidos sem critérios. E se houve seletividade nas escolhas, isso revelou muita incompetência na hora de decidir. Ou será que o centroavante Paciência, o técnico Antônio Oliveira, o zagueiro João Silva, o atacante Carlos Alberto e outros, foram boas aquisições? Eles agregaram em quê?
Os péssimos resultados na bola, as pressões da torcida e a chegada de um grupo de ex-dirigentes pedindo mudanças urgentes no clube culminaram no anúncio do presidente de pedir o "adiantamento das eleições". Yuri Romão não vai ficar, mas o futuro da presidência do Sport dependerá de como essa saída será formalizada. O que se sabe é que ele ficará até 31 de dezembro e, após isso, deverá ocorrer uma eleição complementar (ou "pleito tampão"), para que, no final de 2026, a eleição que vale o triênio ocorra.
Yuri Romão pode sair com o nome ligado à pior temporada do Sport na era dos pontos corridos. As críticas são válidas ao presidente e à sua gestão, mas não podem ser estendidas ao cidadão Yuri. E atitudes como xingamentos e tentativas de danificar a honra de Romão devem ser rechaçadas. Não há necessidade disso.
O que resta agora é esperar os próximos capítulos dessa temporada de terror que o Sport vive em 2025. Aguardar os trâmites legais que irão certificar a saída da gestão Yuri Romão e saber quais nomes se lançarão para o pleito tampão. Segundo o jornalista Daniel Leal, do GE, dois nomes surgem como possíveis candidatos: Rodrigo Guedes (situação) e Matheus Souto Maior (oposição). Será?
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