Vizinhos e rixa: suspeito confessa homicídio e ocultação de cadáver em cacimba
O corpo de Odivan estava em avançado estado de decomposição quando o Corpo de Bombeiros foi acionado para a retirada
Com informações de Rafaella Pimentel
A equipe da TV Tribuna/Band acompanhou, na manhã desta sexta-feira (14), a saída de Júlio Monte da Cunha do DHPP, no Recife. Ele foi levado à audiência de custódia após confessar ter matado e ocultado o corpo do vizinho, Odivan de Lima, 27 anos, encontrado dentro de uma cacimba desativada no bairro de Floriano, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.
Corpo em decomposição e cacimba profunda
A vítima estava em avançado estado de decomposição quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local. A cacimba, seca e com cerca de quatro metros de profundidade, era estreita, quente e tomada pelo odor forte
Os bombeiros usaram cordas para remover o cadáver, que foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal.
A perícia identificou marcas compatíveis com pauladas no corpo e encontrou um saco plástico inserido na boca da vítima.
Briga ou legítima defesa?
Júlio, que tem 27 anos, confessou ter matado o vizinho, mas afirmou ter agido em legítima defesa. Disse à Polícia Civil que Odivan teria entrado na sua casa com uma faca.
No depoimento, ele alegou também que havia ameaças, rixas antigas e até “inveja”, mas não explicou claramente a motivação do conflito.
Moradores estranharam o sumiço
O crime só foi descoberto porque moradores do bairro sentiram falta da vítima. Eles relataram ter ouvido, cerca de quatro dias antes, uma briga vinda da casa do suspeito.
Quando a PM chegou, encontrou móveis desalinhados e sinais de luta corporal.
Foi então que Júlio admitiu ter matado o vizinho e revelado onde havia escondido o corpo: na cacimba do próprio terreno, onde lançou terra e detritos por cima para disfarçar.
Caminho do suspeito: dois DHPPs até a custódia
Júlio foi inicialmente levado ao DHPP Sul, em Jaboatão. Depois de confessar o homicídio, foi transferido para o DHPP do Cordeiro, no Recife, onde acabou autuado por homicídio e ocultação de cadáver.
A Tribuna esteve no DHPP e acompanhou a saída do suspeito para a audiência de custódia. Ele falou pouco, em frases curtas, enquanto era conduzido pelos policiais até a viatura. Disse que o vizinho tinha inveja dele, mas não explicou o motivo.
Casos de legítima defesa normalmente são comunicados à polícia, o que não aconteceu.
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