Cabo dos Bombeiros morre após mal súbito durante curso de mergulho em Pernambuco

Com colaboração de Luciana Queiroz

O militar chegou a ser socorrido pelas equipes de prevenção e de instrutores presentes no local |  Foto: Divulgação/Redes sociais

O cabo Danilo Firmino da Silva, lotado no 2º Grupamento de Bombeiros de Caruaru, faleceu nesta sexta-feira (14), de mal súbito, durante a 15° edição do Curso de Mergulho Autônomo (CMAut). O caso foi confirmado pelo Corpo de Bombeiros, que divulgou nota a respeito do assunto. O local do acontecimento não foi divulgado.

O militar chegou a ser socorrido pelas equipes de prevenção e de instrutores presentes no local. Ele foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Curado no último dia 13 e, posteriormente, transferido para o Hospital da Restauração, onde precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência, mas veio a óbito.

Segundo informações em reserva, familiares acreditam que houve negligência no socorro. Eles foram informados que Danilo passou algum tempo desmaiado na piscina antes de ser socorrido. Ainda de acordo com informações extraoficiais, tentaram reanimá-lo no local por sete vezes. 

“O Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE) confirmou, com profundo pesar, o falecimento do Cabo Danilo Firmino da Silva, militar lotado no 2º Grupamento de Bombeiros (GB) de Caruaru. A tragédia ocorreu após o Cabo Firmino sofrer um mal súbito durante a 15° edição do Curso de Mergulho Autônomo (CMAut)”.

Investigação aberta pela corporação

Segundo a corporação, ele passou mal durante uma das etapas do curso. “Infelizmente, apesar do rápido socorro e de todos os esforços da equipe médica, o Cabo Danilo Firmino da Silva não resistiu e veio a óbito". O local onde o cabo teve mal súbito ainda não foi divulgado.

O CBMPE esclarece que todos os participantes do curso são submetidos preliminarmente a rigorosos exames físicos e médicos, conforme o protocolo padrão. A corporação informou ainda que as circunstâncias exatas do mal súbito e do falecimento serão analisadas por meio de protocolos internos de investigação.

Neste momento de luto, o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco reforça seu compromisso em prestar todo o apoio necessário e irrestrito à família do Cabo Firmino, assegurando o acompanhamento, suporte e o cuidado que a situação exige.

O Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco informou que todos os militares inscritos no curso passam, antes das atividades, por avaliações físicas e médicas rigorosas, previstas no protocolo da corporação. A instituição acrescentou que a origem do mal súbito e as circunstâncias da morte serão apuradas em um procedimento interno de investigação.

“Neste momento de luto, o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco reforça seu compromisso em prestar todo o apoio necessário e irrestrito à família do Cabo Firmino, assegurando o acompanhamento, suporte e o cuidado que a situação exige”, diz um trecho da nota.

Ainda não foram divulgados local do velório e sepultamento.

O que é o mal súbito, quando mata na hora e quando não mata

O termo “mal súbito” é usado quando a pessoa passa mal de forma inesperada, perde a consciência ou desmaia sem que a causa seja imediatamente conhecida.

Embora algumas condições graves possam provocar morte imediata — como arritmias fatais, infartos fulminantes ou rupturas vasculares — nem todo mal súbito leva ao óbito na hora. Em muitos casos, a vítima ainda apresenta sinais vitais e chega a receber atendimento médico antes do quadro evoluir.

Por isso, “mal súbito” não descreve o que causou a morte, apenas indica que o problema começou de maneira abrupta. A confirmação da causa depende de avaliação médica, exames e, quando necessário, de investigação complementar. É esse processo que define o que, de fato, levou a pessoa a morrer.

Quando o mal súbito pode matar na hora

Geralmente acontece quando há causas graves e abruptas, como:

- Arritmia cardíaca fatal (fibrilação ventricular, taquicardia ventricular).

- nfarto fulminante.

- AVC hemorrágico grave.

- Tromboembolismo pulmonar maciço.

- Ruptura de aneurisma.

Nesses casos, o colapso é rápido e a pessoa pode entrar em parada cardiorrespiratória em segundos.

Quando o mal súbito não mata na hora

Muitos quadros começam como mal súbito, mas a pessoa ainda:

- respira,

- tem pulso,

- ou apresenta sinais vitais mínimos.

Ela pode morrer minutos ou horas depois, mesmo com socorro, dependendo da evolução clínica.

Exemplo:

Infarto não fulminante,

- Crise convulsiva prolongada,

- Hipoglicemia grave,

- Desidratação extrema,

- Choque térmico,

- Reação alérgica grave.