Cabeça do Sabão, Criam e Bicinho: quem são os líderes do CV transferidos para presídios federais
RIO – Sete condenados apontados como líderes do Comando Vermelho (CV) que cumprem pena em penitenciárias do Rio de Janeiro serão transferidos nesta quarta-feira, 12, para presídios federais. Somadas, as penas passam de 425 anos. Não foi divulgado para qual unidade prisional eles irão.
Veja abaixo quem são:
- Arnaldo da Silva Dias (“Naldinho”), condenado a 81 anos, quatro meses e 20 dias de prisão;
- Carlos Vinicius Lírio da Silva (“Cabeça do Sabão”), condenado a 60 anos, quatro meses e quatro dias de prisão;
- Eliezer Miranda Joaquim (“Criam”), condenado a 100 anos, dez meses e 20 dias de prisão;
- Fabrício de Melo Jesus (“Bicinho”), condenado a 65 anos, oito meses e 26 dias de prisão;
- Marco Antônio Pereira Firmino da Silva (“My Thor”), condenado a 35 anos, cinco meses e 26 dias de prisão;
- Alexander de Jesus Carlos (“Choque”), condenado a 34 anos e seis meses de prisão;
- Roberto de Souza Brito (“Irmão Metralha”), condenado a 50 anos, dois meses e 20 dias de prisão.
Estamos transferindo sete chefes do Comando Vermelho para presídios federais de segurança máxima hoje. Eu procurei o Ministério da Justiça e só assim conseguimos a liberação de vagas no Sistema Penitenciário Federal.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) November 12, 2025
Segundo o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, a liberação de vagas no Sistema Penitenciário Federal só foi possível após ele procurar o Ministério da Justiça.
Após embates com o governo federal sobre medidas de combate ao crime organizado e queixas do governador sobre a falta e apoio da União na ofensiva contra as facções, Castro busca reafirmar a posição de defesa das ações do governo do Rio na segurança pública e de protagonismo nas medidas contra o crime desde a Operação Contenção.
Castro se reuniu com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na quarta-feira, 29, e anunciaram uma parceria entre o governo federal e o Rio de Janeiro para combater o crime organizado. O ministério tem afirmado dar suporte contínuo às polícias fluminenses.
A transferência foi autorizada pelo juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Rafael Estrela Nóbrega. As lideranças da facção já haviam sido condenados por tráfico de drogas e presas antes da Operação Contenção, que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão.
A medida atende à solicitação do governo fluminense. Todos os citados, exceto Riam Mota, já estavam presos antes da Operação Contenção.
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