Sucesso das bandas cover na noite capixaba
Beat Locks, Calibre de Rosas, Toca Barão, Pink Flaming, Clube Big Beatles, Morning Glory e Fixer dão show de talento e paixão!
No que depender de algumas bandas do Espírito Santo, o som carregado de grandes nomes do rock n' roll como Charlie Brown Jr., Pink Floyd, Beatles, Pearl Jam, Barão Vermelho, Guns N' Roses e Oasis vai continuar ecoando na noite capixaba.
Entre os motivos que levam grupos locais a reproduzir clássicos de um único artista nos palcos estão a paixão e respeito por sua obra musical, que por vezes é herdada dos pais, a semelhança vocal e física entre os integrantes, além da identificação com o som e a energia do homenageado.
“Desde pequeno, nas minhas aulas de piano clássico, já conhecia rock e o Guns N' Roses era a minha banda preferida. Fazer um cover tão específico requer uma agilidade a mais para cantar, tocar e interpretar as músicas. Para ter a audácia de fazer um cover desses, tem que saber o que está fazendo”, afirma Bhreno Bhailey, o Axl Rose da Calibre de Rosas.
Para ela e as bandas Beat Locks, Pink Flaming, Fixer, Toca Barão, Clube Big Beatles e Morning Glory, o desafio principal é interpretar e executar clássicos com personalidade, mas sem perder a essência que tornou as canções desses artistas tão conhecidas.
“A música já existe no imaginário de todos. Quando você tem a sensação de que pode apresentá-la com um charme pessoal, mas sem destruir a essência dela, eu acho que esse é o maior desafio”, conta Edu Henning, do Big Beatles.
Bruno Souza, baixista e vocalista da Pink Flaming, que toca clássicos do Pink Floyd, sai em defesa das bandas cover.
“Tem quem 'torça o nariz', mas a música, diferentemente de outras manifestações artísticas, só existe ao ser reproduzida, interpretada e às vezes reinterpretada. Uma banda cover serve a esse propósito: ajudar a manter viva uma obra que, no nosso caso, foi criada por uma banda que, muitas vezes, acabou”.
Fique por dentro
Amizade intacta
O clima de conflito entre Roger Waters e David Gilmour que levou ao fim da banda Pink Floyd não está presente na relação entre os membros da Pink Flaming.
“Somos os mesmos integrantes desde 2013, numa amizade e união que se mantém intacta”, salienta o baixista e vocalista Bruno Souza. A obra do grupo Pink Floyd é tão vasta que a banda cpixaba produz shows temáticos em que elegem um álbum para ser tocado na íntegra.
Causas sociais
Assim como o Pearl Jam, que é conhecido pelo seu ativismo em diversas causas, a Fixer tenta fazer a parte dela durante sua jornada, que começou em 2014!
“O engajamento das pessoas com as ações beneficentes que realizamos sempre nos surpreende e nos mostra o poder da música”, analisa o baterista Rodrigo Rodrigues.
Tatuagens iguais
Para liderar a Calibre de Rosas, banda cover do Guns N' Roses, Bhreno Bhailey foi além da preparação vocal que o permite alcançar os agudos de Axl Rose.
“Incorporo o personagem! Fiz tatuagens e roupas iguais, cabelo e repito seus trejeitos”. Até a fama de “Banda Mais Perigosa do Mundo” faz sentido para o grupo capixaba de 11 anos de existência. “Assim como ele, gosto de uma discussão”.
Do autoral ao tributo!
A partir da autoral Segunda Dose, nasceu, em 2024, o Toca Barão, um tributo à banda do saudoso Cazuza. O projeto foi criado depois que os integrantes perceberam que covers de clássicos do grupo se destacavam nos shows, tanto pela energia que transmitiam quanto pela semelhança da voz do vocalista, Fabio Sarcinelli, com a de Frejat.
Foto em encarte
Imagine aparecer no encarte de um dos álbuns do seu artista favorito? Foi o que aconteceu com Maurício Pratti, vocalista do Beat Locks, o tributo ao Charlie Brown Jr. mais antigo do Brasil.
“Tem uma foto minha com o Chorão no encarte de 'Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva' (2009). O Chorão e o CBJR me educaram como cidadão e músico. Não somos fãs, e sim discípulos dos caras de Santos”.
No Cavern Club SP
Com 35 anos de carreira, o Clube Big Beatles tem muitos momentos marcantes, como o encontro com Paul McCartney em 2014, shows para 30 mil pessoas com participação de Pete Bass e idas frequentes para tocar na Inglaterra.
O grupo é responsável pelo projeto “Sócio de Carteirinha”, que completa 15 anos. “Vamos tocar na inauguração do Cavern Club no Brasil este mês”, conta Edu Henning, um dos integrantes.
Agenda pocando!
Enquanto o Oasis não chega ao Brasil, nos dias 22 e 23 deste mês, que tal curtir o show da Morning Glory? Com o retorno dos irmãos Gallagher aos palcos, a agenda da banda cover capixaba está pocando!
“Quando montei a banda, a galera que escolhi para tocar não conhecia muito o som deles e depois ficou fã. Estaremos juntos em São Paulo para vê-los”, lembra o vocalista Bernardo John, que é tão apaixonado por futebol quanto os membros do Oasis.
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