Últimos dias para visitar o PEBA, a mostra mais vista da história da Caixa Cultural
Mostra gratuita segue até 23 de novembro na Caixa Cultural Recife, unindo arte, ancestralidade e a força dos povos afroindígenas
Depois de receber mais de 107 mil visitantes na edição passada e ser considerada a mostra com o maior recorde de público da CAIXA Cultural Recife até aquele período, o Projeto PEBA chega à sua 3ª edição reafirmando a missão de criar pontes culturais entre Pernambuco e Bahia.
Com o tema Celebração das Matas e Quilombos, a mostra propõe um mergulho sensorial, estético, político e ancestral nas matrizes afrodescendentes e indígenas que moldam a identidade brasileira. O acesso à exposição e a todas as atividades do projeto é gratuito e aberto ao público em geral.
Memória, corpo e território
A exposição, que segue até o dia 23 de novembro, na CAIXA Cultural Recife, reúne obras impressas e exibições contínuas de 56 fotógrafos e fotógrafas dos dois estados, numa verdadeira rede de olhares que revelam memórias, corpos e territórios.
A mostra convida o público a fazer uma imersão nas histórias, nas lutas e nas celebrações dos povos originários e quilombolas, revelando a potência de seus saberes e modos de vida.
“Escolhemos celebrar as Matas e os Quilombos porque são territórios de vida, resistência e memória. Reconhecer a força dos povos originários e quilombolas é também reafirmar nossa identidade e nossa história. Essa edição do PEBA nasce do desejo de homenagear esses saberes, e de criar um espaço em que arte, cultura e ancestralidade se entrelaçam como uma rede que nos sustenta e projeta para o futuro”, comemora o fotógrafo e idealizador do projeto, Sérgio Figueiredo.
A rede como metáfora
A REDE, presente nas aldeias e quilombos como espaço de descanso, acolhimento, proteção e partilha, é o símbolo que inspira esta edição do PEBA. Mais que objeto, ela se torna metáfora: costura imagens que atravessam tempo e território, tecendo o encontro de artistas de Pernambuco e Bahia.
Assim, a REDE evoca o tecido coletivo que conecta memórias, corpos e criações, configurando-se como eixo central da celebração das matas e quilombos.
Homenagens e apresentações
Além das fotografias, dez artesãos e artesãs apresentaram peças que aproximam tradição e contemporaneidade. Nesta edição, a mostra presta homenagem à mestra artesã pernambucana Luiza dos Tatus (in memoriam), e aos fotógrafos baianos Adenor Gondim e Iêda Marques, referências na celebração da cultura popular e da memória ambiental.
A abertura foi marcada pela apresentação do Bacnaré – Balé de Cultura Negra do Recife, com a participação de 15 bailarinos e 5 percussionistas, e pelo toré do povo Fulni-ô, de Águas Belas, conduzido pelo mestre Matinho Fulni-ô.
Compromisso social e educativo
Realizado pela Associação dos Produtores de Artes Cênicas e Música de Pernambuco (APACEPE), com produção da vaVER, o PEBA reforça seu compromisso social, oferecendo atividades educativas para o público em geral e para centenas de estudantes da rede pública de ensino.
A curadoria é assinada por Sérgio Figueirêdo, Eduardo Romero e Rebeka Monita. Nesta edição, o projeto tem patrocínio do Ministério da Cultura do Governo Federal, com apoio da CAIXA Cultural Recife e da Secretaria de Cultura da Prefeitura do Recife.
Veja o que dá para aproveitar também:
Oficina de História em Quadrinhos (Oficineiro: Eron Villar)
Título: Iniciação à Narrativa em Quadrinhos
Oficina teórico-prática de Histórias em Quadrinhos para adolescentes e jovens, abordando roteiro, composição e linguagem visual. Os participantes criam pequenas
HQs inspiradas em suas vivências, refletindo sobre gênero, raça e identidade, desenvolvendo habilidades estéticas e críticas na construção de narrativas próprias.
Dias: 12 e 13/11/2025
Hora: Manhã (10h30 às 12h00) / Tarde (14h30 às 16h)
Local: Sala Multimídia
Faixa etária prioritária: A partir de 14 anos
· Carga horária: 03 horas
· Quantidade de encontros: 02 (manhã e tarde)
· Quantidade de pessoas por encontro: até 25
Oficina de Dança Afro (Oficineiro: Tiago Batista Ferreira) Título: O Despertar das Raízes Negras
O Despertar das Raízes Negras é uma oficina de dança afro que explora as potencialidades do corpo em movimento, conectando participantes às tradições da cultura africana e afro-brasileira. A oficina propõe um mergulho no ritmo, na ancestralidade e na expressão coletiva.
Dia: 14/11/2025
Hora: Manhã (10h30 às 12h00) / Tarde (14h30 às 16h)
Local: Sala Oficina 1
Faixa etária prioritária: A partir de 12 anos
· Carga horária: 03 horas
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