Funcionário de escola é preso suspeito de pedir fotos íntimas a alunos no ES
Segundo a Polícia Civil, pelo menos dez alunos foram identificados como vítimas em potencial
Um homem de 31 anos, funcionário de uma escola municipal, foi preso pela Polícia Civil do Espírito Santo nesta terça-feira (4), no bairro Maimbá, em Anchieta, suspeito de solicitar imagens íntimas de alunos menores de idade em troca de dinheiro e presentes. O mandado de prisão temporária foi cumprido após uma denúncia feita pela direção da unidade de ensino onde ele atua..
De acordo com a investigação conduzida pelo Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (NEAM) de Anchieta, o homem oferecia pagamentos via PIX e bens materiais, como tênis e capinhas de celular, para convencer os estudantes a enviarem as fotos. Câmeras de segurança da própria escola registraram o momento em que o suspeito entregava um par de tênis e uma capinha a um dos alunos.
Segundo a Polícia Civil, pelo menos dez alunos foram identificados como vítimas em potencial. Desses, seis adolescentes, com idades entre 13 e 15 anos, chegaram a enviar as imagens. A denúncia foi formalizada no dia 21 de outubro, e a prisão ocorreu duas semanas depois.
O caso é tratado pela polícia como exploração sexual de menores, crime que pode levar a até 10 anos de prisão. A delegada responsável afirmou que as investigações seguem em andamento e novas vítimas podem surgir à medida que as apurações avançam.
A prisão do suspeito expôs uma realidade preocupante dentro das escolas: o uso de meios digitais e transferências bancárias como forma de aliciamento de jovens vulneráveis. A polícia destacou que o suspeito usava o PIX para pagar quantias em dinheiro diretamente aos estudantes, além de oferecer objetos de valor simbólico, como roupas e acessórios.
O caso gerou forte repercussão em Anchieta, cidade com pouco mais de 25 mil habitantes. Pais e professores demonstraram indignação e choque, cobrando maior vigilância, protocolos de segurança e acompanhamento psicológico para as vítimas. Até o momento, não há informações oficiais sobre o afastamento definitivo do funcionário nem sobre as medidas adotadas pela Secretaria de Educação.
Em nota, a Polícia Civil do Espírito Santo informou que o inquérito segue em sigilo e será concluído nos próximos dias. O órgão reforçou que as vítimas e familiares estão recebendo o suporte necessário.
Este não é um caso isolado. Em setembro deste ano, a Polícia Federal prendeu um homem em Mantenópolis, também no Espírito Santo, por armazenar e compartilhar imagens de abuso sexual infantil. A repetição de casos semelhantes no Estado acende um alerta sobre a necessidade de educação digital, ética e prevenção à violência sexual no ambiente escolar.
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