O que vai te “salvar” na prova de Química do Enem
Aluno deve resolver primeiro os itens mais fáceis, seguido dos de média complexidade e deixar os difíceis por último, diz professor
Resta pouco mais de uma semana para a prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas ainda dá tempo de se preparar.
Ao jornal A Tribuna, o professor de Química do Madan, Leonardo Pimentel, revelou o que pode “salvar” os alunos nas questões dessa área de ensino.
Segundo ele, na reta final não existe “bala de prata” que vá fazer o aluno ir bem a qualquer custo, no entanto, deu um conselho que pode fazer toda a diferença no desempenho do estudante.
“No dia da prova, o aluno deve ter estratégia e resolver primeiramente os itens mais fáceis, seguido dos de média complexidade e deixar as questões mais difíceis por último. Sempre é bom lembrar que o exame do Enem é baseado na Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que a coerência é mais importante que o número total de acertos”.
Realizar as mais fáceis evita perda de tempo e dá ao candidato ritmo de prova, explicou. “Reserve tempo e tenha atenção para marcar o gabarito corretamente”.
Sobre os níveis de dificuldade da avaliação, Leonardo afirmou que as questões mais fáceis normalmente são aquelas que exigem que o aluno apenas identifique uma estrutura, uma molécula, a propriedade de alguma substância.
“Já as questões mais difíceis exigem um cálculo ou uma análise. Exigem que o candidato resolva uma questão-problema, tenha um conhecimento mais amplo”.
O professor ainda deu uma dica que dá para ser aproveitada nesses dias que faltam para o exame. “Não é o momento de aprender conteúdos do zero, mas sim de consolidar o conhecimento já adquirido. Foco nos assuntos mais recorrentes e muita prática com exercícios e provas anteriores do Enem”.
Sobre os conteúdos que mais costumam cair, ele afirmou que em química inorgânica, por exemplo, é frequente ter questões de funções inorgânicas, que cobram o conhecimento sobre o que é um ácido, uma base, um sal, um óxido e as suas propriedades.
Já em química orgânica, a isomeria, fenômeno em que duas ou mais substâncias químicas possuem a mesma fórmula molecular, é um comum de aparecer no exame.
Leonardo participou de um podcast comentando sobre a prova de Linguagens do Enem no canal do YouTube do Tribuna Online.
FIQUE POR DENTRO
Química
A Prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, que abrange as questões de Química, será aplicada em 16 de novembro. Professor de Química do Madan, Leonardo Pimentel comentou sobre questões de sua área de ensino.
O que esperar das questões de Química para o Enem?
A prova de Química não costuma ter surpresas e é conteudista, ou seja, é necessário ter conhecimento de conteúdos específicos, conhecimentos teóricos.
É difícil o candidato, só com os conhecimentos gerais e do cotidiano, chegar nas respostas corretas das questões.
Além disso, outra característica dela é que a própria metodologia do exame valoriza a contextualização e a aplicação dos conceitos químicos em situações reais. Os itens do Enem frequentemente apresentam uma situação-problema do dia a dia, exigindo que o aluno identifique o conceito químico subjacente.
Quais matérias podem cair?
Em química inorgânica: propriedades e estrutura de átomos e moléculas, classificação periódica, misturas, funções inorgânicas, estequiometria, soluções, termoquímica, eletroquímica, equilíbrios químicos e deslocamento de equilíbrio químico.
Em química orgânica: hidrocarbonetos, propriedade dos compostos orgânicos, reconhecimento de funções orgânicas e isomeria.
A química ambiental também pode aparecer, permeando boa parte desses conteúdos. Nela, é trabalhada a poluição envolvendo ar, água, chuva ácida e gases do efeito estufa.
Algum tema atual pode ter destaque?
Questões envolvendo energia sustentável são uma aposta de cair, abordando, por exemplo, carros elétricos e energia solar.
Além disso, em 2025 faz 80 anos da bomba de Hiroshima e Nagasaki, então, a radioatividade pode ser um assunto que caia envolvendo o contexto histórico da Segunda Guerra Mundial.
Bicho de Sete Cabeças
Leonardo Pimentel não acredita que exista um Bicho de Sete Cabeças ao se tratar das questões de Química.
No entanto, afirmou que, de um modo geral, alunos têm dificuldades em estequiometria, que envolve cálculos e titulação, e também em reações orgânicas, pois existem muitas delas. Assim, é bastante conteúdo para estudar.
Dica de ouro
Realizar questões das provas do Enem anteriores. Assim, o aluno tem um norte dos assuntos que mais caem, como caem e de que forma esses assuntos estão relacionados com as outras disciplinas do exame de Ciências da Natureza.
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