Mais de 300 testes para descobrir origem de infecção no Hospital Santa Rita
Amostras foram enviadas para exames no Laboratório Central da Secretaria de Saúde e para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio
Testes que podem identificar aproximadamente 300 patógenos (como vírus, fungos e bactérias) estão sendo realizados no Laboratório Central (Lacen) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para identificar a causa do surto infeccioso que atinge o Hospital Santa Rita, em Vitória.
O secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, e a coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar no Hospital Santa Rita de Cássia, a infectologista Carolina Salume, deram uma entrevista coletiva sobre os casos.
“Esses testes estão sendo realizados na Fiocruz e também aqui no nosso laboratório central. Inclusive, nós estamos usando um teste extremamente moderno, que identifica DNA e RNA desses patógenos. Esses testes vão rodar até o fim dessa semana”, afirmou o secretário.
Tyago Hoffmann informou que grande parte dos vírus que poderiam causar os sintomas dos pacientes já foi descartada. Entre eles: influenza A, influenza B e covid. “Nós estamos expandindo os testes para outros tipos de vírus e também para bactérias e fungos”.
Segundo ele, foram recolhidas amostras de água, dos aparelhos de ar-condicionado e amostras de superfícies, além de sangue, urina e exames pulmonares dos funcionários infectados.
As equipes não acreditam que seja um novo agente infeccioso. “Acreditamos que seja um agente conhecido que ainda não conseguimos determinar. Seguimos coletando amostras clínicas, do maior número possível de pacientes, para ter mais chances de isolar esse patógeno”, afirmou Carolina Salume.
Segundo ela, a pesquisa para a bactéria Legionella deu resultados negativos. Desde a identificação dos casos da doença, foi adotado o uso de máscaras como precaução respiratória no setor onde começou o aumento do número de casos.
“Na sequência, adotamos a precaução respiratória com máscara para os setores ao redor desse epicentro, assim como o centro cirúrgico e outros setores próximos. No restante do hospital, entendemos que não houve contaminação nos outros setores e nem evidência de transmissão pessoa a pessoa, não há essa recomendação”.
Sintomas de mal-estar geral
Início
O início de sintomas em funcionários do Hospital Santa Rita começou por volta do dia 13 deste mês. Mas como os sintomas eram gerais, como febre, dor de cabeça, dor no corpo e mal-estar geral, as pessoas identificaram como uma virose.
Dores
Em torno do quarto dia de doença, que foi dia 17, 18 e 19, as pessoas começaram a evoluir com tosse e algumas com dor torácica.
Nesse momento, esses funcionários buscaram o Hospital Santa Rita.
Primeiro um, depois outro, depois três.
Entre o terceiro e o quarto, como tinham dor torácica, foram feitos exames de raios X de tórax e tomografia.
Identificação do surto
A equipe notou semelhanças entre os padrões dessas tomografias.
No domingo, dia 19, os casos foram comparados e a equipe do hospital entendeu que se tratava de algo diferente.
Fonte: Carolina Salume, coordenadora de Controle de Infecção Hospitalar do Santa Rita.
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