Suspeitos de matar corretor de imóveis e jogar corpo em lagoa na Serra são presos
Crime ocorreu no bairro Vila Nova de Colares, na Serra, no dia 5 de setembro

Os suspeitos de matar o corretor de imóveis Robson Carmo da Conceição, de 38 anos, e jogar seu corpo em uma lagoa no bairro Vila Nova de Colares, na Serra, no dia 5 de setembro. De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado pela venda de um terreno irregular feita pelo corretor a um dos suspeitos.
Dois homens e uma mulher foram presos e estão sendo indiciados pelo crime. Além destes, um adolescente de 16 anos também é apontado como participante do crime. Segundo a Polícia Civil, os investigados têm relação com o comprador do imóvel, identificado como Diondreson, que já havia sido preso e confessado o crime.
Segundo a Polícia Civil, o cliente da vítima, que confessou ter matado o corretor, afirmou ter comprado um terreno em 2023, porém, após a compra, o verdadeiro dono do imóvel se apresentou ao suspeito e teria solicitado que ele se retirasse do local.
Forçado pela justiça a deixar o imóvel, mesmo após construir uma casa no local, o suspeito teria procurado o corretor para resolver o impasse, mas não teria tido retorno da vítima.
Coautores
De acordo com a investigação, o adolescente investigado é ex-enteado de Diondreson e já havia morado com o autor principal do crime, e havia, inclusive, ajudado o suspeito a construir a casa no terreno em questão.
Diante da situação do terreno, o autor principal do crime teria convencido o adolescente a participar do assassinato do corretor. No dia anterior ao crime, o adolescente teria criado um perfil falso no WhatsApp para atrair a vítima, com a premissa de que teria uma casa para vender no bairro Vila Nova de Colares.
Após a confirmação de que a vítima iria até o local conhecer o suposto imóvel a venda, os dois suspeitos, Diondreson e o adolescente, teriam envolvido uma terceira pessoa, identificada como Joyce Ângela, para atrair o corretor até o local.
A mulher teria ficado encarregada de conversar com a vítima por mensagens de áudio, e conduzi-lo até o local do crime.
No dia do assassinato, Diondresson, portanto, busca os coautores — a mulher, o adolescente e o companheiro dele, que também participou do crime — e seguem até o local do crime.
Após o encontro, a mulher teria se encontrado com a vítima e conduzido o corretor de imóveis até a casa de Diondreson. No local, os suspeitos teriam amarrado a vítima e batido com a cabeça dele na parede. Após o corretor ficar desacordado, Diondreson teria o asfixiado.
Mensagem para familiar
Após se encontrar com a suposta cliente da venda da casa, a vítima teria percebido que o local para qual estava sendo levado seria a casa do antigo cliente, que reclamava da venda irregular do terreno. Diante da situação, Robson teria enviado uma mensagem para a irmã, alegando que se em vinte minutos ele não a respondesse, ela deveria acionar a polícia até a localização compartilhada com ela.
Sem respostas de Robson, a irmã acionou a polícia e foi até a localização indicada pelo irmão. No local, ela chamou pela vítima e conversou com Diondreson, que alegou não ter visto o corretor de imóveis. Porém, a vítima, ainda em vida, gritou pela irmã e pediu socorro.
"Eu ouvi meu irmão gritando e chamando pelo meu nome, e pedindo para eu chamar a polícia. Logo em seguida, ele parou de gritar. Provavelmente, foi nesse momento que ele cometeu o crime", contou a irmã da vítima.
Diante dos fatos, a mulher acionou a polícia, que foi até o local e encontrou o suspeito, sangue no chão e roupas sujas de sangue sendo lavadas.
Diante do fato, os militares pressionaram o suspeito, que confessou o crime e admitiu que jogou o corpo do corretor de imóveis em uma lagoa localizada na rodovia ES-010, na Serra. Na ocasião, Diondreson afirmou que outros dois homens o ajudaram a cometer o crime e esconder o corpo.
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