Fraude em farmácias com “entrega de remédios” até para mortos
Suspeitos usavam receitas médicas e carimbos falsos para simular a venda e obter reembolso do programa do governo federal

A Polícia Federal deflagrou na quinta-feira (16), em Guarapari, a Operação Receita Fantasma, após identificar o uso de receitas médicas falsificadas, dados de pessoas mortas e até registros de profissionais de outros estados para cometer fraudes no Programa Farmácia Popular do Brasil.
A Operação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em duas farmácias, além do sequestro e bloqueio de bens no valor de R$ 1.595.639,88.
Os levantamentos apontam, segundo a Polícia Federal, fortes indícios do uso reiterado de carimbos e receitas médicas falsas, a utilização de registros profissionais de outros estados e até mesmo o lançamento de entrega de medicamentos em nome de pessoas mortas, “evidenciando a existência de um esquema voltado à apropriação indevida de recursos públicos”.
Na ação de ontem, equipes da Polícia Federal cumpriram as medidas de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados.
Durante o cumprimento das buscas, além de aparelhos eletrônicos, os policiais também apreenderam receitas médicas em branco ou pré-preenchidas, todas com indício de falsidade ideológica.
A investigação teve início a partir de informações encaminhadas pelo Ministério da Saúde, que identificou liberações de medicamentos não reconhecidos por cidadãos e o uso indevido de dados pessoais de terceiros para obtenção de ressarcimentos indevidos.

Os materiais apreendidos serão submetidos à perícia criminal federal, com o objetivo de determinar o alcance das irregularidades e identificar todos os envolvidos.
Os fatos apurados configuram, em tese, os crimes de estelionato majorado contra entidade pública (Ministério da Saúde); inserção de dados falsos em sistema de informações; e falsidade ideológica.
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