PMs prestam depoimentos sobre caso de possível estupro dentro de posto policial
Vítima seria uma mulher de 48 anos. Investigação está sendo conduzida pela Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM)

Na manhã desta quarta-feira (15), dois policiais militares prestaram depoimentos sobre o caso de uma mulher de 48 anos que alega ter sido estuprada por um terceiro militar dentro de um posto do Batalhão da Polícia Rodoviária (BPRv). O crime teria acontecido durante uma blitz, na PE-60, no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife.
O conteúdo dos depoimentos, obtido pela equipe de jornalismo da TV Tribuna/Band, revela que tanto um soldado quanto um sargento confirmaram ter visto a mulher deixando o local onde possivelmente teria ocorrido o estupro, carregando um copo com água.
Os agentes também informaram que a entrada de pessoas não autorizadas nas dependências do posto policial é proibida por ordem do comando.
Adicionalmente, o sargento afirmou que a mulher não demonstrou sinais visíveis de nervosismo ao sair do posto militar. Ele também alegou que o policial suspeito não fez qualquer comentário sobre o período em que esteve sozinho com a mulher na unidade.
Até o momento, o militar suspeito de ter cometido o estupro não foi ouvido pelas autoridades e o caso segue sob investigação.
"DELEGACIA DA POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR É QUEM ESTÁ INVESTIGANDO O CASO", DIZ A PMPE
Em resposta enviada ao Tribuna Online PE, a Polícia Militar de Pernambuco informou que pelo possível crime ter acontecido com um policial em serviço e dentro de uma área militar, o caso seria investigado pela Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM).
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA
A Polícia Militar de Pernambuco informa que, diante da gravidade da denúncia, os policiais envolvidos foram afastados de suas funções operacionais nas ruas. A instituição reforça que todos terão assegurados os direitos constitucionais à ampla defesa e ao contraditório durante o processo de apuração.
Dois dos policiais que estavam de serviço no posto foram ouvidos pela Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e não foram reconhecidos como sendo o autor citado na denúncia.
O crime imputado é de natureza militar, por ter sido supostamente cometido por um militar de serviço, em área sob administração militar. Por essa razão, o caso está sendo investigado pela DPJM, que conduz os procedimentos necessários para esclarecer os fatos.
Ao final do processo, caso as denúncias sejam comprovadas, os envolvidos responderão conforme a legislação em vigor, com penas que variam de punições disciplinares à perda do cargo público.
O Inquérito Policial Militar está sendo presidido por uma Oficial Superior Feminina, da DPJM Mulher, especialmente designada para o feito.
A Polícia Militar reitera seu compromisso com a transparência e a apuração rigorosa dos fatos.
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