Bienal Internacional do Livro de Pernambuco comemora recorde de público
Durante 10 dias, o Centro de Convenções de Pernambuco recebeu mais de 300 mil visitantes

A 15ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco encerrou no último domingo (12), uma edição histórica que celebrou seus 30 anos com recorde de público e faturamento, consolidando-se como o maior evento do gênero no Nordeste e um dos três principais do Brasil. Durante dez dias, o Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, recebeu mais de 300 mil visitantes (presenciais e online), superando as expectativas em engajamento e vendas. A Bienal de 2025 projetou movimentar mais de R$ 30 milhões em negócios, com a participação de 600 editoras — 100 a mais que em 2023 — incluindo estreias importantes como a Companhia das Letras e casas internacionais.
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
O sucesso da edição, realizada sob o tema "Ler é sentir cada palavra", foi marcado pela diversidade e inclusão. A programação ofereceu 420 horas de conteúdo, com a presença de grandes nomes como Mia Couto, Raphael Montes, Itamar Vieira Junior e Daniel Munduruku. Um dos grandes diferenciais foi o foco inédito em acessibilidade, tornando a Bienal o primeiro evento literário carbono zero do país e o mais inclusivo, com rampas, intérpretes de Libras, audiodescrição e o "Espaço de Acolhimento" para pessoas neurodivergentes. O público também celebrou o retorno do cashback literário, que devolve parte do ingresso em crédito para a compra de livros.
MERCADO EDITORIAL DA REGIÃO E SEGMENTO RELIGIOSO EM DESTAQUE
A força do mercado editorial regional e independente foi um dos destaques. O evento deu ampla visibilidade a autores e editoras locais, como a Mostra de Publicações Independentes (MOPI), que registrou um salto qualitativo e quantitativo em sua participação. Editoras de todo o país, como a paulista Aleph e a carioca Fruto Proibido, celebraram resultados surpreendentes, com alguns títulos esgotados nos primeiros dias. O segmento religioso também teve espaço reservado com as editoras evangélicas CPAD e Bereia e a católica Paulus
EDIÇÃO 2025 SUPEROU EXPECTATIVAS
Segundo a organização, a edição de 2025 reafirmou o papel da Bienal em unir cultura, diversidade e inovação, comprovando a vocação de Pernambuco como vitrine da produção literária nacional e um motor da economia criativa do Nordeste. O produtor Rogério Robalinho, da Cia de Eventos, celebrou: "Esta Bienal superou todas as nossas expectativas, reafirmando o papel do livro como instrumento de encontro e emoção.”
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