Calor e baixa umidade aumentam risco de incêndios florestais em Pernambuco
Período entre outubro e março é considerado o mais perigoso. Bombeiros dão dicas para reduzir os riscos

Com o avanço da estação mais quente, a probabilidade de incêndios florestais em Pernambuco atinge um nível crítico. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Defesa Social (SDS), intensifica o alerta para a necessidade urgente de prevenção, orientando a população sobre medidas cruciais para evitar tragédias ambientais e riscos à vida.
O período entre outubro e março é considerado o mais perigoso. A combinação de altas temperaturas, baixa umidade do ar e ventos mais fortes estabelece o cenário ideal para a rápida propagação das chamas em áreas de vegetação.
A maior parte das ocorrências registradas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco tem origem na ação humana, seja por descuido, práticas inadequadas ou, em casos mais graves, de forma intencional. As consequências desses incêndios se estendem para além da destruição da flora, porque podem provocar desequilíbrio ecológico, problemas respiratórios causados pela fumaça, danos materiais e risco direto à vida de pessoas e animais.
CUIDADOS
O comandante do CBMPE, coronel Francisco Cantarelli, ressalta a importância da colaboração popular. "Grande parte dos incêndios florestais pode ser evitada com atitudes simples. É fundamental que as pessoas não utilizem o fogo para limpar terrenos, descartem corretamente o lixo e jamais joguem pontas de cigarro em áreas com vegetação seca. Cada ação de cuidado faz diferença," afirma.
Para reduzir os riscos, os bombeiros recomendam não realizar queimadas para limpeza de terrenos; descartar corretamente resíduos como vidro e plástico, que podem atuar como lentes e iniciar focos de incêndio; evitar acender fogueiras ou soltar balões. Esta última ação é considerada crime ambiental. Em áreas rurais, deve-se criar faixas sem vegetação para barrar a propagação do fogo.
COMBATE
Além dos prejuízos ambientais, o combate aos incêndios exige uma grande mobilização das forças de segurança. Enquanto o Corpo de Bombeiros atua no terreno, a Polícia Civil investiga as causas e possíveis responsáveis. OS recursos humanos e logísticos utilizados para combater um incêndio que se estende por horas ou dias poderia ser destinado a outras emergências.
Os dados do Corpo de Bombeiros apontam para um cenário de crescente preocupação. De janeiro a setembro de 2025, já foram atendidas 691 ocorrências de incêndios em vegetação no Estado. A expectativa é que este número aumente significativamente com a intensificação do período seco e quente.
Em caso de emergência ou identificação de chamas fora de controle, a população deve manter distância segura do local e acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros através do telefone 193.
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