Morre arquiteto que recebeu cinco órgãos de um mesmo doador
Luiz apresentou um quadro de infecção após o primeiro ciclo do transplante

O arquiteto Luiz Perillo, de 35 anos, que recebeu cinco órgãos de um mesmo doador morreu nesta terça-feira (30) uma semana após o transplante multivisceral.
Luiz apresentou um quadro de infecção após o primeiro ciclo do transplante. Os médicos interromperam o processo para tratar a complicação mas o arquiteto acabou sofrendo uma parada cardíaca.
A família publicou sobre a morte nas redes sociais mas não informaram o que de fato causou a morte de Luiz.
A necessidade da operação se deu porque o arquiteto tinha trombofilia, uma doença causada por alterações na coagulação do sangue e que leva à trombose. Em 2018 a doença atingiu a veia porta, que recebe o sangue do sistema digestivo, e levou aos poucos os órgãos de Luiz à falência.
Segundo Alberto Stein, cirurgião do aparelho digestivo da Rede Meridional, o transplante multivisceral é raro. Ele explicou que os órgãos costumam ser de um único doador para evitar a rejeição de múltiplos órgãos com doadores diferentes e para também facilitar as “reconstruções”.
“Quando se faz a captação do doador, os órgãos vêm no que chamamos de ‘monobloco’, vêm em um bloco único onde as anastomoses, as emendas vasculares, se tornam mais fáceis de fazer”.
Sobre a recuperação, Alberto disse que os cuidados são os mesmos de qualquer transplante, com o uso de imunossupressores e a realização de exames periódicos.
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