Ademi admite imóveis do Minha Casa, Minha Vida no centro de Vitória
Democratização é a proposta com pedido por prédios mais altos na região central da capital, incluindo imóveis populares e de luxo

O centro de Vitória poderá ter imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, com a proposta de alteração da lei que sugere mudanças no Plano Diretor Urbano (PDU) para autorizar a construção de prédios mais altos.
O presidente da Associação dos Empresários do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Alexandre Schubert, contou que imóveis de todas as tipologias estariam nesses novos empreendimentos, incluindo opções econômicas, nas quais entrariam os apartamentos enquadrados no programa habitacional do governo federal, mas também de alto padrão.
“O estudo feito prevê democratizar moradias no centro de Vitória. Quando foi feito, usou como exemplo o bairro Bela Vista, na região do Bixiga, em São Paulo. Teria unidades econômicas, médio padrão e alto padrão, por exemplo. A ideia é que o tecido urbano naquela região seja dividido”, disse.
O arquiteto e urbanista Carlos Eduardo Calmon, que criou o projeto com apoio da Ademi-ES e do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-ES), reforçou que os imóveis podem ser de todas as tipologias, incluindo voltados ao Minha Casa, Minha Vida.
“Depende muito da visão do empreendedor, ele vai buscar o mercado que for interessante. Não tem muito essa restrição, tem abertura para todos esses modelos. Hoje, eles vão querer buscar maior adensamento num empreendimento inicial, talvez até com um apartamento de dois quartos ou um quarto”, explicou.
O vice-presidente do Sinduscon-ES, Leandro Lorenzon, disse que a mudança no PDU atrairia novos empreendimentos para o centro de Vitória. “Quando se tem uma mudança que viabilize economicante os empreendimentos, a tendência é que sempre surja, claro, avaliando a demanda. Mas tudo começa com o plano diretor. Essas mudanças que estão sendo propostas são muito bem-vindas do ponto de vista da viabilidade e da verticalização”, disse.
Edificações que superem 150 metros de altura — o que enquadra a categoria de arranha-céus — teriam sua construção viabilizada caso a alteração do PDU seja implementada.
Os Números
De 4,5 a 75 metros é o limite de altura atual
150 metros ou mais querem os empresários
Saiba Mais
Tipologia dos imóveis
Nos novos empreendimentos que poderiam ser construídos no centro de Vitória estariam incluídos apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida, imóveis de médio e até de alto padrão.
Os novos prédios mais altos criariam mais vagas de estacionamento, sendo em subsolo, por exemplo.
Projeto
Um projeto que foi criado pelo arquiteto e urbanista Carlos Eduardo Calmon propondo alterações no Plano Diretor Urbano (PDU) propõe alterar a lei para incluir construções mais robustas no centro de Vitória.
Edificações que superem 150 metros de altura — o que enquadra a categoria de arranha-céus — teriam sua construção viabilizada caso a alteração do PDU seja implementada. Hoje, o limite é de 75 metros de altura. O documento foi desenvolvido por Calmon com apoio da Ademi-ES e do Sinduscon-ES.
A proposta altera o chamado coeficiente de aproveitamento do terreno, índice que determina a quantidade máxima de área construída permitida sobre um determinado lote, multiplicando a área do terreno por um valor definido pelo zoneamento municipal.
Na prática, seria possível pagar um valor à prefeitura para aumentar esse índice, em uma espécie de outorga.
Benefícios
Os autores defendem que o projeto traria um maior potencial de atração de investimentos para o centro de Vitória, o barateamento de imóveis a partir do aumento da oferta e o financiamento da revitalização do centro, já que a outorga obriga o reinvestimento do valor na região atingida.
Turismo e comércio
A proposta de lei também define que os empreendimento precisam ter características que conversem com o espaço urbano — e não de condomínios fechados e isolados.
Para isso, foi estabelecido que as construções precisarão ter pavimento turístico — como mirante e cafés — e comerciais.
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