Governo de Pernambuco desapropria prédio da Neoenergia no Recife
Imóvel deverá ser aproveitado pela Secretaria Estadual de Educação

Atualizada às 12h38
Governo de Pernambuco publicou no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (24) a desapropriação do edifício onde funciona a Neoenergia, na avenida João de Barros, no bairro da Soledade, região central do Recife. A medida declara o imóvel como de utilidade pública.
“Fica declarado de utilidade pública, para fins de desapropriação, imóvel, com suas benfeitorias porventura existentes, situado à Avenida João de Barros, n.º 111, bairro da Soledade, Município do Recife, neste Estado, onde se localiza o Edifício Sede da Neoenergia Pernambuco”, diz o artigo 1º do Diário Oficial.
FUTURO
Segundo informações oficiais, o prédio passará a fazer parte da estrutura administrativa da Secretaria Estadual de Educação. A Neoenergia, por sua vez, esclareceu que a aquisição do edifício-sede da distribuidora pelo Governo de Pernambuco resultou de uma "discussão prévia e interesse comum das duas entidades", disse em nota. Concluído o processo, a empresa se comprometeu em ceder as instalações no prazo de até 90 dias.
"Diante da estratégia de descentralização de infraestrutura administrativa e operacional da Neoenergia, o quadro de pessoal foi redistribuído para outras unidades físicas e as dimensões do prédio se tornaram excessivas para absorver a atual realidade funcional. Os colaboradores lotados no edifício serão realocados para um espaço provisório, a ser definido, até a conclusão da construção de uma nova sede no Bairro do Bongi, na Zona Oeste do Recife, na área onde já existe uma base operacional", diz a nota enviada à imprensa.
HISTÓRIA
Concluído em 1972, o imóvel que abrigou por mais de 20 anos a sede da Celpe (aintiga estatal de distribuição de energia) foi projetado pelos arquitetos Vital Pessoa de Melo e Reginaldo Esteves, referências da arquitetura moderna pernambucana. A edificação é um exemplo da utilização do concreto como elemento de expressão arquitetônica e tem o paisagismo assinado por Roberto Burle Marx, com o jardim integrado à entrada do edifício, com espelhos d'água.
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