Furtos em torres de telefonia deram prejuízo de R$ 1,6 milhão no ES
Quatro homens foram presos pela Polícia Civil, suspeitos de envolvimento em 200 furtos de baterias de lítio em todo o Estado

Quatro suspeitos foram presos em uma operação da Polícia Civil para combater o furto de baterias de lítio de torres de telefonia. Até o momento, foram identificados 200 furtos em todo o Estado, somando um prejuízo de R$ 1,6 milhão para as operadoras de telefonia.
“O furto dessas baterias pode causar grandes transtornos para a população: para hospitais, delegacias, empresas, pessoas que trabalham em home office. Tomamos conhecimento de mais de 200 baterias furtadas. Pedimos à população que tenha conhecimento de furto ou alguém comercializando que denuncie no Disque-Denúncia 181, pois vamos buscar, investigar e prendê-los”, afirma o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
O chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Dec), delegado Gabriel Monteiro, explica que os sites, ou torres, transmitem sinais, tanto para a casa das pessoas, como hospitais e delegacias. Quando por algum motivo há uma interrupção, um pico de energia, por exemplo, a bateria de lítio alimenta essas torres e não há interrupção para os usuários.
Porém, nos locais em que as baterias são furtadas, a operadora tem que repor, o que leva um tempo, podendo causar transtornos para a população.
“Esses criminosos presos em flagrante e na prisão preventiva, eram funcionários terceirizados. Sabiam executar o furto através de chaves específicas, exige um conhecimento específico. Uma pessoa comum não consegue nem entrar em uma torre de energia”, afirma Gabriel Monteiro.
Um dos presos tem 26 anos e é apontado como um dos executores do furto. O delegado explica que cada bateria de lítio é avaliada entre R$ 8 mil e R$ 10 mil. “Esse criminoso preso por prisão preventiva, ele furtou 10 baterias, causando um prejuízo de R$ 80 mil para as operadoras. No total, são 200 baterias no Estado inteiro”.
Além das prisões, a Polícia Civil obteve cinco mandados de busca e apreensão. O material apreendido possibilitou a identificação de suspeitos já presos e do modo de agir deles.
“Com as provas das buscas e apreensões, conseguimos identificar, e agora será indiciado, o chefe dessa associação criminosa. Esperamos o indiciamento de outros indivíduos que estão nessa ação criminosa”.
Segundo o delegado, os envolvidos vão responder por furto qualificado e associação criminosa.
A operação entra agora em sua segunda fase, para identificar possíveis receptadores das baterias de lítio furtadas.
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