Confira alguns nomes que eram comuns e não são mais usados
Josefa, Raimundo e Sebastiana, por exemplo, que já foram muito escolhidos em décadas passadas, passam hoje por declínio no uso

Não são todos os nomes que permanecem populares e são considerados na hora de escolher o nome de um filho, como acontece com Maria, João e José. Alguns simplesmente param de ser usados, a exemplo de Josefa, Raimundo e Sebastiana.
Tendo como base os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registra todos os nomes atribuídos a bebês no País entre 1910 e 2013, A Tribuna descobriu quais nomes foram “desaparecendo” no último século.
Raimundo, por exemplo, que teve seu auge na década de 60, obteve seu menor número de registros nos anos 2000. Outros exemplos de nomes quase “esquecidos” são Josefa e Sebastiana. Ambos eram muito comuns entre as décadas de 1930 e 1940, mas hoje passam por declínio.
Um outro mapeamento – feito pela revista Crescer – encontrou mais de 1.080 nomes que não são registrados há mais de 100 anos. É o caso de Adolphe, Clariece, Daphene, Dorothee, Editha, Francille, Fredie, Geneve, Leonise, Margorie e Octaviana.
“É notório quando um nome começa a cair no esquecimento. No Estado, por exemplo, já se registrou muito Davi, Arthur e Lara, e hoje a tendência são nomes tradicionais, como Maria. Mas estamos recebendo muitos registros do nome Mavie, que foi dado a uma das filhas do craque Neymar”, afirma Fabiana Aurich, vice-presidente do Sindicato dos Notários e Registradores do Estado do Espírito Santo (Sinoreg-ES).
Segundo a vice-presidente do Sindicato dos Notários e Registradores do Estado do Espírito Santo, os pais recebem uma orientação quando vão registrar o nome de um bebê.
“Qualquer nome pode ser dado, salvo se puder gerar constrangimento à criança. O oficial ainda pode rejeitar nomes que exponham a criança ao ridículo e sejam constrangedores”, conta.
A psicóloga Sátina Pimenta reflete que a escolha de um nome para o filho é tomada a partir da busca de algum significado que essa palavra tem para os pais.
“Há uma expectativa de reconhecimento desses pais para que aquele nome diga algo sobre aquela criança. Mas, ao crescer, ela pode não se ver adequada a ele. Pode ser porque se tornou algo jocoso, e aí as pessoas fazem bullying ou por aquele nome não ser compatível com aquilo que ela deseja para a vida dela, como, por exemplo, a possibilidade de mudança de nome a partir da lógica de gênero”.
Polêmica
Atriz foi criticada por dar nome exótico ao filho

Se por um lado há nomes que foram esquecidos, por outro há aqueles que acabam entrando ou voltando à moda. É o caso de Enzo, Gael, Maite e, muito provavelmente, o até então exótico Palo, que ganhou o noticiário recentemente.
Isso porque esse foi o nome escolhido pela atriz Mariana Rios para o seu primeiro filho, fruto do relacionamento com o economista Juca Diniz.
O anúncio movimentou a internet e rendeu duras críticas à artista. De acordo com o Censo Demográfico 2010, há 689 brasileiros registrados com esse nome, que tem origem espanhola.
Após os comentários, Mariana voltou às redes sociais para refletir sobre o verdadeiro peso de um nome. “Palo, meu filho, mamãe está aqui gravando esse vídeo para você assistir daqui a alguns anos, quando entender sobre o seu nome. O nome pode ter significado ou não, porque quem faz o nome somos nós”, disse.
Nomes em desuso em 100 anos
Nome — Último registro
Adolphe — 1917
Alberdia — 1911
Alfretta — 1917
Alfio — 1919
Alyene — 1925
Araminta — 1919
Audine — 1917
Audy — 1920
Babe — 1917
Bertice — 1919
Byrd — 1919
Clariece — 1920
Dellie — 1914
Daphene — 1924
Dorothee — 1918
Duard — 1924
Edia — 1920
Editha — 1916
Emerine — 1918
Ersel — 1916
Estus — 1919
Felisiano — 1918
Florice — 1924
Francille — 1920
Fredie — 1920
Geraldyne — 1920
Geneve — 1916
Hildagarde — 1916
Hill — 1919
Ignatz — 1920
Isola — 1916
Jurell — 1918
Leonise — 1919
Loula — 1920
Madell — 1920
Margorie — 1925
Miye — 1918
Morine — 1924
Nolie — 1918
Octaviana — 1925
Pearlina — 1925
Rosela — 1925
Yoshikatsu — 1918
Zela —1918
Nomes Diferentes





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